O dia se espatifa: Do perigo das generalizações

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Do perigo das generalizações

Daí que a gente generaliza e fere quem não precisaria/deveria ferir. Tenho MUITOS amigos e MUITA gente que eu admiro dentro da RBS. Gente séria, que faz jornalismo sério, que faz trabalho sério nas mais diferentes áreas, que luta pelo que acredita, que briga contra o que discorda, que se esgualepa para trabalhar demais com recursos de menos. E me dói o estômago e o coração pensar que essas pessoas se sintam atingidas pelos meus comentários ácidos (azedos?) sobre os rumos da firma que agora decidiu também vender batom para tentar sobreviver num mundo que tem cada vez mais dificuldade de entender.

Eu tento não falar mais no assunto, mas é difícil. Quase duas décadas de relacionamento a gente não consegue deixar pra lá tão facilmente assim. Só que o tiro acaba saindo pela culatra. Porque as pessoas a quem eu critico provavelmente não leem o que escrevo. E, se leem, debocham, como se eu fosse a recalcada, "miserável" por não ser aceita lá dentro. E, olha, posso garantir que não é o caso. Pelo menos se estar lá dentro significasse reviver os dois últimos anos que vivi. Não sou saudosista, mas me ofereçam o que tive na RBS até 2010, e tô dentro! Com todas as críticas que eu podia já ter na época (chata eu sempre fui).

Então, quero deixar claro que os bravos colegas que seguem lá dentro (dentre os quais tenho vários amigos) são de certa forma meus ídolos. Porque requer coragem e força seguir dentro de uma estrutura tão complicada sem se deixar afetar pessoalmente, mantendo a sanidade e o profissionalismo. Coragem e força que eu deixei de ter. Que eu decidi canalizar para outras coisas.

Lembro de ler posts reclamões como os meus quando estava dentro da RBS e pensar muitas vezes que era recalque de quem tinha saído de mal com a empresa. Que era feio, que era falta de respeito com com estava lá dentro. Mas hoje, juro, eu falo como cidadã gaúcha/brasileira e jornalista de alma que está triste, triste, triste, muito triste, com o que está acontecendo com a principal empresa de comunicação do Estado.

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Gente... vender batom? :-(

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