O dia se espatifa: novembro 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

E o mundo se divide entre batmans e barbies...

PB Kids do Barra Shopping Sul hoje à tarde.
– Moço, tem velocípede?
– Como?
– Triciclo? Para criança pequena.
– Tem aqueles, com motor.
(...)
– Não, de pedal, mesmo.
– Menino ou menina?
– Menina, mas tanto faz.
– Então tem da Barbie.
– E pra menino?
– Daí é do Batman. Quer ver?
– Sem personagem, não tem?
– Não.

domingo, 24 de novembro de 2013

Fazendo arte

Nossa pequena, com 1 ano e sete meses completados no último dia 12, começa a deixar bem claro a que veio nesta vida. Que tem senso de humor, sabemos desde que ela deu os primeiros sorrisos que eram mais do que meros reflexos espasmódicos, lá nas primeiras semanas de existência. De uns tempos para cá, porém, ela tem inventado brincadeiras. Para a coisa não se perder na memória dos pais, achei por bem registrar algumas.


Banda de balde
  • Brincadeira: Todo mundo tossindo! Como funciona: Márcio tosse. Lina "tosse". Lina aponta para a mãe, "tosse" e não sossega enquanto a mãe não "tosse". Lina aponta para o pai, que "tosse" de novo. Lina aponta para a Farofa e o Bubi, que não tossem, mas ela não se abala, "tosse" e volta a apontar para o pai, para a mãe... repetir até alguma outra coisa atrair a atenção da Lina, a inventora e dona da brincadeira.
  • Brincadeira: Banda de balde. Como funciona: Lina tira todos os brinquedos que ficam dentro do balde que fica na sala da casa. Um por um. Lina bota todos, cuidadosamente em cima do sofá. Lina entra no balde, senta e fica esperando alguém dar atenção. Pai e mãe acham fofo, tiram fotos, e depois carregam a Lina de balde-liteira pela sala. Lina sai do balde e guarda todos os brinquedos de volta. Muito divertido...
  • Brincadeira: Cara de braba. Como funciona: Lina tenta fazer alguma coisa que não deve. Mãe não deixa. Lina faz uma "cara de braba" e se estica toda, contrariada. Mãe ri. Lina encabula e finge que a "cara de braba" é uma brincadeira e não sossega enquanto a mãe não imita. Lina faz sinal para o pai imitar. Para a Cláudia, que trabalha em casa, imitar. Para a avó imitar. "Cara de braba" tem feito muito sucesso ultimamente. 
  • Brincadeira: Aumenta o som! Como funciona: Papai chega do trabalho e põe um som para a Lina dançar enquanto a mãe prepara o jantar. Qualquer que seja a música, Lina vai até o som e aumenta MUITO o volume. Olha para o pai e a mãe à espera de aprovação e dança. Os vizinhos devem adorar.
  • Brincadeira: Colheres ao léu. Como funciona: Vovó/mamãe/papai está na cozinha. Lina entra sorrateiramente e abre a gaveta dos talheres. Tira as colheres de café e chá uma a uma e espalha pelo chão, fazendo muito barulho. Depois, ajuda a juntar e a botar dentro da gaveta de novo. Fim. 
  • Brincadeira: Chuva no banheiro. Como funciona: Vovó leva a Lina para "abámão" no banheiro. Em cima do banquinho, Lina começa a lavar as mãos. Lina segura o jato d'água na torneira e espalha água por tudo. Vovó ri. Lina ri. Mamãe agora não sabe como fazer a Lina lavar as mãos sem o aguaceiro.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mudança de rumos

Há alguns dias, dois amigos comentaram comigo como sou má em meus comentários nas redes sociais. Hoje, uma deles viu tristeza nos meus olhos. Aquela grande ficha acertou a minha testa e deixou muito claro: as duas coisas evidentemente estão relacionadas.

Com licença, então, para a imprescindível mudança de rumo. Quem tem a filha e a família e o trabalho que eu tenho, não tem direito de ser má ou triste.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Do perigo das generalizações

Daí que a gente generaliza e fere quem não precisaria/deveria ferir. Tenho MUITOS amigos e MUITA gente que eu admiro dentro da RBS. Gente séria, que faz jornalismo sério, que faz trabalho sério nas mais diferentes áreas, que luta pelo que acredita, que briga contra o que discorda, que se esgualepa para trabalhar demais com recursos de menos. E me dói o estômago e o coração pensar que essas pessoas se sintam atingidas pelos meus comentários ácidos (azedos?) sobre os rumos da firma que agora decidiu também vender batom para tentar sobreviver num mundo que tem cada vez mais dificuldade de entender.

Eu tento não falar mais no assunto, mas é difícil. Quase duas décadas de relacionamento a gente não consegue deixar pra lá tão facilmente assim. Só que o tiro acaba saindo pela culatra. Porque as pessoas a quem eu critico provavelmente não leem o que escrevo. E, se leem, debocham, como se eu fosse a recalcada, "miserável" por não ser aceita lá dentro. E, olha, posso garantir que não é o caso. Pelo menos se estar lá dentro significasse reviver os dois últimos anos que vivi. Não sou saudosista, mas me ofereçam o que tive na RBS até 2010, e tô dentro! Com todas as críticas que eu podia já ter na época (chata eu sempre fui).

Então, quero deixar claro que os bravos colegas que seguem lá dentro (dentre os quais tenho vários amigos) são de certa forma meus ídolos. Porque requer coragem e força seguir dentro de uma estrutura tão complicada sem se deixar afetar pessoalmente, mantendo a sanidade e o profissionalismo. Coragem e força que eu deixei de ter. Que eu decidi canalizar para outras coisas.

Lembro de ler posts reclamões como os meus quando estava dentro da RBS e pensar muitas vezes que era recalque de quem tinha saído de mal com a empresa. Que era feio, que era falta de respeito com com estava lá dentro. Mas hoje, juro, eu falo como cidadã gaúcha/brasileira e jornalista de alma que está triste, triste, triste, muito triste, com o que está acontecendo com a principal empresa de comunicação do Estado.

*

Gente... vender batom? :-(