O dia se espatifa: 2012

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Como eu estava há cinco anos?

Dentre as perguntas cretinas que pessoas fazem em seleções para emprego, uma das minhas preferidas é "onde/como você se imagina daqui a cinco anos?" Sinceramente, a não ser que a criatura esteja contratando um vidente, a resposta não vai ajudar em nada o processo. Porque exceto no caso de obsessivos que planejam TODA a vida (e deste tipo de gente eu prefiro distância), o resto vai inventar alguma coisa bacana para impressionar e era isso.

Daí que hoje eu fiquei curiosidade sobre como/onde eu estava há cinco anos. Com o blog sendo feito há quase 10 anos num formato bem "querido diário", não ficou difícil. Encontrei então este post aqui, que reproduzo abaixo com comentários de hoje em verde:

Por um 2008 supimpa
Sei que o ano ainda não terminou, mas estou indo para a praia hoje à noite, e não sei como será a conexão por lá – ainda não comprei minha placa 3G (sentiram o drama da "placa" 3G? hoje eu saí de uma revenda Vivo com um chip pré-pago pra um modem 3G que de 3G não tem nada, mas mesmo assim a coisa evoluiu...). Portanto, deixo aqui a minha listinha de resoluções. A de 2007 não foi exatamente um sucesso retumbante, mas o ano teve várias surpresas boas, e o saldo acaba como imensamente positivo. Vamos aos planos para 2008:
- Falar menos e ouvir mais (Sigo tentando, sigo tentando... mas acho que estamos em franca evolução. Até porque com a maternidade e trabalhando como tradutora tenho MUITO mais coisas a aprender do que sobre palpitar.)
- Seguir trabalhando em favor da preguiça (Isto é uma determinação para o resto da vida.)
- Seguir tentando ser menos implicante (Eu juro que me esforço, mas o mundo não ajuda...)
- Comprar um carro (Feito! Só tô pagando ainda... ;-))
- Conhecer Brasília (Feito! Agora quero voltar com a Lina.)
- Visitar a Carol na Califórnia (Feito! Agora quero voltar com a Lina e o Márcio, mas para visitar a Ana em LA.)
- Manter uma rotina na academia (HAHAHAHAHAHA. Sério? Por que eu escrevi isto?)
- Dar um jeito de voltar a fazer ioga (Ainda quero. Ainda voltarei. Em 2008 não rolou.)
- Aprender mais (E mais e mais e mais...)
Boa sorte para mim! E um 2008 supimpa para todos vocês ;-)
Pensando agora se vou fazer lista para 2013. Acho que não. Vou seguir seguindo, que tá bom demais. Boa entrada de ano para todos vocês! ;-)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Bebê automóvel

No instante em que escrevo, a Lina descansa a cabecinha na almofada que sempre deixamos sobre o edredon no qual ela tem passado bastante tempo dos últimos dias, no chão do escritório onde trabalhamos. Descansa da  atividade preferida mais recente, que tem sido girar sobre o próprio eixo depois de se posicionar de bruços, numa clara tentativa de ir para onde a curiosidade - e a vontade - mandam. E eu começo a compreender na pele o sentido da expressão que diz que criamos os filhos para o mundo.

Anos de observação de bebês fofos de pais alheios, e eu sempre acreditei que um bebê começar a engatinhar, caminhar, correr era apenas isso: um aprendizado humano natural. Oito meses e meio depois da minha filha sair de dentro de mim e entrar neste mundo, percebo que o significado por trás dessa mobilidade é muito maior. Ao menos para nós, os envolvidos. A Lina começa a trilhar um caminho próprio. A nós, restar torcer e trabalhar para que seja um caminho florido e que leve a lugares e coisas muito interessantes.

Bom começo de viagem, minha pequena.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Tecnologia, sua linda!

Sou "blogueira" (palavra tãããão last season) desde dezembro de 2013 - ano que vem, dez anos de atividade, pois -, e o meu blog já passou por algumas mudanças. Como explico ali à direita no textículo que reproduzo abaixo:
No começo era The day breaks, por causa da música dos Beatles. O endereço era thedaybreaks.blogspot.com e tudo era um verso dos Beatles. Eis que um dia eu cansei, e resolvi não escrever mais em inglês. E então o Riq sugeriu a tradução à Millôr. Gostei. Ficou. Por isso, nada de "O dia nasce", como seria o correto, mas O dia se espatifa. O endereço mudou, mas o nome seguiu o mesmo. Daí que em 2007 mudei o blog para o clicRBS, onde trabalhava. Como a vida dá voltas, voltei para cá. Ainda espatifando um dia depois do outro.
Daí que hoje eu consegui! Importei todos os posts que escrevi desde sempre para este único endereço: www.cassiazanon.blogspot.com.br. Com este, terão sido 1.565 posts desde o começo. O impressionante é que eu provavelmente não tenho 1.565 coisas interessantes para falar nesta vida. Mas a tentação de escrever é sempre grande.

Bem-vindos posts antigos. Sintam-se em casa. A URL não importa muito, o que importa é estarmos todos juntos, em família.

Sem mais.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O fim do mundo como o conhecíamos

Para mim e para o Márcio Pinheiro, o mundo como existia até então acabou em 12 de abril passado, quando o nosso maior presente entrou na nossa vida.

E a gente aproveita então este zunzunzum de fim de mundo para desejar de coração tudo de bom para todo mundo que merece - e para quem não merece também, porque somos pessoas queridas ;-)


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Agora vai!

Já reparou como tem pequenos detalhes que nos fazem mudar a forma de ver ou fazer as coisas? Fazia algum tempo que eu tinha desistido de postar coisas no blog. Não apenas pelo inconveniente de que eu estava sob a "barra do clicRBS", mas também por isso, eu me sentia constrangida pela absoluta desimportância e falta de profundidade dos meus escritos. Daí que hoje eu leio a coluna da Leticia Wiershdfhgrervjhdki no Segundo Caderno da Zero Hora e me dou conta de que o que escrevo não está muito longe desse texto e que nem desperdicei árvores ou tinta com eles. Puf! Foi-se embora a minha culpa e o meu medo da minha filha sofrer bullying por causa dos meus posts no futuro.

Taí, agora ninguém mais me segura. Dias vindouros espatifar-se-ão. 

Obrigada, Leticia Wierfdhgfrbtfdshofhgfdhfki!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Voltei, voltamos

Depois de cinco (CINCO) anos com o blog no clicRBS, volto para este endereço virtual. Em breve, começamos a tirar o pó do layout e dos menus e, claro, a postar. :-)

domingo, 11 de novembro de 2012

Mudando de vida e de endereço virtual

Encerrada a licença-maternidade, deixo a RBS pela terceira vez. Agora, passo a me dedicar apenas à tradução e ao meu melhor projeto: criar a Lina!

Com isso, este blog é desativado. Volto para o endereço antigo: www.cassiazanon.blogspot.com.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quem precisa de mais uma mãe blogueira?

Uma querida amiga minha, mãe de uma linda guriazinha pouco mais velha do que a Lina, revelou esta semana que está pensando em fazer um blog sobre a maternidade. Jornalista e tradutora como eu, ela pensa, como eu, que pode ser bacana ter um espaço onde dividir nossas impressões e sentimentos. Não sei se as dúvidas dela são as mesmas minhas, mas, já que eu já tenho este espaço aqui, peço carona no assunto trazido à baila por ela para dividir as minhas primeiras considerações com meus supostos dezessete leitores.

1 - Alguém precisa de mais uma mãe blogueira?
2 - O que eu posso dizer sobre a maternidade que já não tenha sido dito milhares de vezes?

3 - Alguma coisa que eu possa dizer sobre a minha experiência pode vir a ajudar alguém?

4 - Será que as coisas que eu escrever não podem vir a se transformar no futuro em motivo de vergonha para a minha Lina adolescente?

5 - Tenho eu direito de expor minha pitoca, por menos leitores que possa ter este ou qualquer outro blog que eu venha a fazer?


São questões básicas, básicas, mas que, acreditem, têm tomado parte do tempo que passa tão rapidamente nesta minha licença que se aproxima do fim.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Com licença, maternidade

Durante a gravidez, fiz várias vezes a autocrítica de como estava monotemática. Mal sabia que depois do nascimento da minha filha a situação só pioraria. Nas primeiras semanas, pensei seriamente que meu cérebro jamais voltaria a absorver qualquer informação ou conhecimento que não estivessem relacionados àquela criaturinha linda, apaixonante e frágil no meu colo. Quatro meses e meio se passaram, e há alguns dias, naturalmente, comecei a pedir licença à maternidade e a olhar um pouco ao redor.  Sigo completamente apaixonada, minha filha está cada dia mais linda e ainda me parece frágil, mas começo a perceber que posso aproveitar o fato de ser mãe da Lina e continuar interessada no mundo ao redor ao mesmo tempo. E essa percepção tem sido libertadora.

Este blog nunca foi sobre tema algum. Como disse na minha apresentação: "Jornalista, tradutora, arquiteta de informação, gerente de projetos e professora de jornalismo online, tudo ao mesmo tempo agora, sou incapaz de concentrar meus interesses numa área só. Com preguiça de ter um blog para cada assunto, acabei optando por este, que fala de tudo um pouco – e, claro, de quase tudo mal." O descompromisso com a profundidade sempre foi uma marca deste humilde e, mesmo assim, impressionantemente, cheguei a ter uma clientela fiel, que muito me animava a buscar novas informações sobre velhos interesses e novos interesses. Em busca desse estímulo, declaro o blog oficialmente "desparalisado" para assuntos que não apenas... a maternidade.

***

P.S.

Bendita seja a licença-maternidade. Bendita ao cubo seja a licença-maternidade de seis meses - que pode ser aumentada com um mês de férias. Porque só assim uma mãe consegue passar por esse processo que estou passando com um quê de tranquilidade.

Mas, vamos combinar, querido tempo, será que dá para passar um pouquinho mais devagar nos próximos dois meses e meio? ;-)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Lina dorme

Meu último post aqui foi feito pouco menos de um mês antes da minha filha nascer. Em seis dias, ela completará três meses. Há quase três meses, portanto, minha vida tem sido repleta de acontecimentos importantes como a Lina mamou, a Lina arrotou, a Lina está com cólica, a Lina sorriu, a Lina está com a avó enquanto eu corro até o súper, a Lina fez cocô, a Lina mamou, a Lina engordou, a Lina sorriu de novo, a Lina fez mais cocô. Agora, neste instante, a Lina dorme. E eu, afinal, consigo fazer algo que achava que nunca mais conseguiria fazer: escrevo um post.

Somados os últimos aos meses da gravidez, devo ter lido bilhões de caracteres sobre gerar, parir e criar um filho. Livros, revistas, jornais, blogs, artigos médicos... a Lina está respirando pesado? Lá vou eu para o Dr. Google: bebê respiração pesada. A Lina dormiu seis horas seguidas? Dr. Google: sono bebê dois meses. Com isso, acabo caindo em cada coisa... Como é que essas mães acham tempo para escrever tanta coisa? Tem gente que faz pesquisas imensas e publica posts incríveis com muita informação de qualidade. A maioria, porém... deuzolivre. Muitas agem como se fossem as primeiras mães do mundo moderno. Como se gerar, parir e criar um filho fosse a maior novidade do universo. E é preciso dizer que, felizmente, não é.

A Lina dorme e acabo de finalizar o segundo parágrafo deste post sem dizer nada. É que, entendam, não tenho o que dizer que possa interessar a alguém que não a mim e aos mais próximos. Ao menos não agora. A Lina dorme e daqui a pouco vai acordar para mamar e depois vai dormir de novo (depois de eu trocar a fralda cheia de xixi). Parece um tédio olhando daí? Pois eu posso garantir que está sendo a minha maior aventura.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Da gravidez e dos pontos de vista


  • Às 33 semanas de gravidez, ainda falta tempo demais para ver o rostinho da minha filha

  • Às 33 semanas de gravidez, falta muito pouco tempo para deixar tudo pronto para a chegada da minha filha



  • Seis meses de licença-maternidade emendados com mais um de férias longe do trabalho e da convivência com os colegas me parece tanto tempo

  • Seis meses de licença-maternidade emendados com mais um de férias me dedicando exclusivamente à minha filha me parece tão pouco tempo



  • Quando entro em lojas de bebês ou coisas parecidas, tenho vontade de comprar tudo

  • Quando entro em lojas de bebês ou coisas parecidas, não consigo ver por que deveria comprar qualquer daquelas coisas



  • Toda vez que me vejo refletida num espelho caminhando feito pata-choca (a esta altura, praticamente uma avestruz-choca), penso que vai ser bom estar sem este peso extra todo daqui a uns meses

  • Toda vez que me vejo refletida num espelho caminhando feito pata-choca (a esta altura, praticamente uma avestruz-choca), penso que vai fazer falta toda a paparicação dedicada às grávidas ;-)


É assim mesmo, ou só eu que sou maluca?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

It's a wonderful night for Oscars

Então que é noite de Oscar. Tenho que acordar cedíssimo amanhã para ir ao médico e depois fazer exames e não vi nenhum dos filmes candidatos ao prêmio de melhor filme - estou em estado de gravidez monotemática, lembram? Então que daí vou, sim, de novo, me dispor a perder followers do Twitter e no Facebook com meu flood de comentários baseados estritamente no meu humor e na minha paixão antiga pelo cinema – que não anda mais tão apaixonada assim, o que é fácil de notar com a minha ignorância sobre a maioria dos "astros" que surgiram depois de 2000.

Ready? Set? Go!

www.twitter.com/cassiazanon


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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O grande embate dos burros contra os mal intencionados

Não é fácil enumerar a quantidade de mudanças que a gravidez traz para a vida do ser humano. A maioria consta dos inúmeros livros, blogs e sites sobre o assunto, mas algumas são inesperadas mesmo. Uma das coisas que a gravidez da Lina - que amanhã fecha 28 semanas - me trouxe foi um novo olhar sobre as vagas especiais nos estacionamentos.

Sempre classifiquei quem estaciona sem precisar em vaga reservada para portadores de necessidades especiais (deficientes, grávidas e idosos) como vivente de quinta categoria, gente desprezível e mal educada, estúpida até. Só que a forma encontrada pelos gênios administradores de estacionamentos para evitar esse mau uso tem sido o inacreditável bloqueio físico das vagas.

Principalmente nesses dias de muito calor, com a minha pança deveras relevante, tenho usado o direito de parar em tais locais com frequência. Também com frequência, acabo me vendo obrigada a descer do carro, remover obstáculos (cones, cabos de vassoura presos em rodas pintadas de amarelo e quetais) da frente das vagas, voltar para o carro e só então estacionar. Sempre me perguntando como fazem, nestes casos, os cadeirantes e usuários de muletas ou bengala.

Nas minhas manifestações a respeito do assunto no Facebook, alguns amigos - defensores deste modelo de "proteção do direito dos deficientes dos mal intencionados" - alegaram que bastaria eu esperar que alguém tiraria os cones para mim. Pois bem, hoje cheguei com algum tempo de antecedência ao trabalho e resolvi fazer o teste.

Diante da vaga que costumo usar no segundo andar do estacionamento coberto do Tecnopuc, deparei com dois cones (aparentemente apenas um cone não basta para coibir os mal intencionados, esses malvados) e, confiante que ninguém pode ser tão estúpido quanto eu estava imaginando, dei uma buzinadinha simpática e fiquei esperando.

Um minuto depois, mais uma buzinada. No minuto seguinte, outra. Três e quatro minutos depois, novos apelos. Foi então que, calmamente, abri a porta do carro, tirei uma foto do absurdo e - 9 minutos depois de ter chegado - fiz uma postagem no Facebook:



Estacionado o carro, resolvi questionar a menina da cabine da Moving para saber se, por acaso, o cone não estava alertando para algum problema com o local (tipo risco de desmoronamento, vá saber).

- Oi, por que tem cone na frente da vaga para deficiente.

A menina me olha de cima a baixo e responde, com um tom de prepotência condescendente:

- Porque é para deficientes.

(Como eu não pensei nisso antes???)

Sobre este caso específico, liguei para a prefeitura da PUCRS e fui muito bem atendida pelo responsável pelo estacionamento e o relacionamento da universidade com a Moving. Acredito que isso não voltará a suceder no caso específico desta vaga - pois a mesma pessoa já tinha resolvido uma questão semelhante quando um guarda da Moving me disse que eu não podia estacionar em vaga especial porque não estava "suficientemente grávida" (!). A questão é que esses cones e obstáculos existem em vários estacionamentos por aí, muitos deles pagos e muito bem pagos.

Cá entre nós: o prezado leitor não concorda que devem ir para o mesmo círculo do inferno os mal intencionados que ocupam as vagas a que não têm direito e os estúpidos criadores do bloqueio dessas vagas?

domingo, 15 de janeiro de 2012

Golden Globes 2012

Vamos fingir que o que eu acho interessa a alguém. E computar quantos unfollow eu ganho hoje ;-)