O dia se espatifa: Ah, o telemarketing ativo...

sábado, 21 de maio de 2011

Ah, o telemarketing ativo...

Sábado, 12h20.

- Bom dia, por favor a senhora Cássia Banon?

- Cássia Zanon, é ela.

- Senhora Cássia, meu nome é Fulana do banco Xalalá, e o motivo do meu contato é que a senhora foi selecionada para obter a vantagem de um exclusivo cartão de crédito MasterCard...

- Obrigada, querida, mas eu não estou interessada.

- Por que, senhora Cássia?

- Porque eu já tenho dois cartões de crédito.

- Mas, senhora Cássia, a senhora não vê que com este cartão a senhora vai estar abrindo mais uma linha de crédito.

- Sim, querida, e também mais uma linha de endividamento.

- Mas, senhora Cássia...

- Eu não quero MESMO.

- Ah, então vejo que neste momento talvez a senhora não considere a proposta vantajosa para a sua realidade.

- ...

- O banco Xalalá agradece, tenha uma boa tarde.

Eu fico com pena, mas um dia ainda perco a educação.

3 comentários:

  1. Pois eu não tenho pena Cássia e o pessoal de telemarketing só deixou de aguentar meu mau humor porque em São Paulo a gente pode se cadastrar para nunca mais ouvir essa gente (com a exceção dos que conseguiram se cadastrar como organização beneficente).

    É uma atividade invasiva e, em sim, mal educada. Você está trabalhando, descansando, lendo, ouvindo música ou namorando e vem lá a voz incorpórea com o famoso "com quem eu falo?" Não me considero na obrigação de ser bonzinho com essa gente.

    Veja o lado positivo: se você não for boazinha, está estimulando o/a vivente a encontrar uma ocupação que não encha a paciência alheia.

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  2. Respeito a opinião, mas por mais q se tenha evidentemente todo direito de não querer o cartão de crédito, por qualquer razão que seja, encarar como "mais uma linha de endividamento" me parece coisa de quem não tem controle sobre suas finanças/despesas. Acho curiosa essa coisa (q é típica do brasileiro) de ter uma certa relação de "medo" do cartão de crédito, como se um (ou mais) cartão ou cartões que o cara possua vão pular da carteira dele e sair por aí fazendo dívidas. Eu trabalho com 3, 2 deles com limites bem altos, e nunca tive problemas, pago sempre a fatura cheia, e numa eventualidade (como ano passado qdo pela primeira vez fui á Europa) vc pode parcelar um valor bem alto (no caso, as passagens) e ainda ter limite pra usar na viagem (ou no q quer q seja). Quem tem um bom planejamento e cuida legal da sua grana tira benefícios do uso dos cartões... inclusive de ter mais de um... Lógico q não estou afirmando q a blogueira deveria ter aceitado a oferta, só peguei o gancho pra comentar...

    Sobre o comentário do Danilo, ainda que por vezes haja algum inconveniente mesmo, cumpre lembrar que o setor de Call Center é disparado o que mais cresce em termos de geração de emprego no Brasil, paga um caminhão de impostos e é o primeiro emprego de muita gente, q alavanca a carreira profissional de um sem número de pessoas... Acho q deve sim estar sujeito à regras, respeitar mais a intimidade das pessoas e etc, mas encarar como "uma ocupação q enche a paciência alheia"; respeitosamente e com franqueza, é simplificar a coisa à um nível muito raso de debate.

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  3. Fábio, concordo com vc. Por isso mesmo eu sempre sou educada. E no meu caso não tenho vergonha de admitir: um cartão a mais é, sim, uma tentação a mais. Prefiro concentrar todos os gastos apenas em dois cartões, um de cada bandeira.

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