O dia se espatifa: junho 2010

sábado, 19 de junho de 2010

A viagem de um tweet meu até a Galícia

Em 1996, fui uma das alunas do curso de jornalismo aplicado da RBS. Éramos cerca de 30 jornalistas recém-formados - entre os quais muitos que são amigos e/ou colegas até hoje - premiados com excelentes professores sobre vários temas relacionados com o dia a dia de uma redação. Um dos grandes professores era o Paco Sanchez, uma unanimidade no grupo.



Todo esse nariz de cêra só para os queridos 17 entenderem por que fiquei tão feliz ontem ao receber uma mensagem do Paco dizendo que iria usar um tweet que postei sobre a morte do Saramago numa "columnita" dele no jornal La Voz de Galicia. E mais feliz ainda ao ver palavras minhas efetivamente publicadas num periódico da linda terra dos antepassados do meu marido num belo texto dele sobre a morte do escritor português.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Brasileiros somos geniais

A primeira vez que lembro de uma hashtag brasileira entrar para os "trending topics" mundiais do Twitter foi com #zémayerfacts. Agora, estamos liderando os "trending topics" desde ontem com o genialmente mantido #calabocagalvão.



Vale MUITO a pena acompanhar os tweets superespirituosos que estão rolando por lá, do tipo:



calaboocagalvao A Globo mandou o Galvão pra África para mostrar aos Africanos que existe coisa pior que a fome! CALA BOCA GALVAO



andre_conti GALVAO is a very rare bird in Brazil. CALA BOCA means SAVE, the brazilians are very sad because lots of GALVAOS die everyday.



natyyamada O Twitter é de graça; Digitar é de graça; Ler é de graça; Ver o mundo se perguntando "Who isCALA BOCA GALVAO#NãoTemPreço



calaboocagalvao CALA BOCA GALVAO vai entrar pro Guiness Book como a maior piada interna de um país inteiro. E o mundo inteiro caindo!

domingo, 6 de junho de 2010

Comer, beber, passear: da beleza da vidinha besta

Fazer planos é muito bom. Fundamental, até. Comprar uma casa nova. Ter um filho. Viajar. Fazer um mestrado. São todos objetivos muito nobres e relevantes, mas, ao fim e ao cabo, é de finais de semana como este que começa a chegar ao fim que é feita a vida. De uma sucessão de pequenos momentos agradáveis e iluminados que acabam por produzir a maior parte da nossa existência. De cenas e diálogos que muitíssimo provavelmente não constariam dos filmes que contariam as nossas vidas. Na falta, portanto, de algo emocionante para encher os pixels que me cabem neste latifúndio, compartilho com os queridos 17 os lugares e links e atividades das últimas 36 horas, num legítimo representante dos posts "who cares?" que grassam no ciberespaço.



O sábado começou meio encoberto na zona sul de Porto Alegre, o que adiou o despertar originalmente planejado para as 8h para as 9h. Perto das 10, Márcio, Bubi e eu saímos rumo ao já tradicional café da manhã com clima carioca na padaria Bassani, onde o atendimento é sempre dos mais queridos, o que ajuda a começar o dia com bom humor. Dois cortados, dois sanduíches farroupilha (manteiga, presunto e queijo) e um suco de laranja depois, caminhada pela Vila Assunção com o cusco.



Em seguida, um pit-stop no Costi para comprar cervejas, vinhos, azeites, patês e outros itens essenciais. Próxima parada: o sempre surpreendente Mercado Público. Almoço no Gambrinus sem invenção no pedido: pãozinho com manteiga, caipirinha de cachaça, linguado grelhado com batata a vapor e molho de manteiga e alcaparras e salada de frutas com nata batida da Banca 40 de sobremesa. Café e chá na Casa de Pelotas, com vista para a prefeitura. Antes de seguir viagem, compras de "víveres". Muitos. Garantindo tranquilamente o estoque de frios, pão, frutas e quetais pelos próximos dias.



Com sede - e um dia lindo, lindo -, decidimos dar uma caminhada pelo Moinhos de Vento e tomar um suco antes de voltar para casa e ver o excelente e impressionante A Onda, dica quentíssima do querido Pedro Gonzaga, depois de consumir parte das delícias adquiridas à tarde (azeitonas gregas, pistache, copa e queijo entroutras).



O domingo já acordou ensolarado, convidando a uma caminhada de uma hora pela orla do Guaíba (que hoje chamam lago e para mim sempre será rio). E depois? Almoço em família na Pastoriza, café e conversa em casa com as deliciosas tortas do Machry, e leitura da Casa & Jardim que chegou hoje - porque fazer planos também faz parte da rotina.



E foi isso. Agora, baterias recarregadas, escrevo este postezinho básico para ficar de registro antes de começar a trabalhar na tradução em curso enquanto entreouço as "emoções" dos jogos da dupla Gre-Nal no Brasileirão.



Não sei quanto a vocês, mas eu curto esta vidinha besta.



Boa semana a todos :-)