O dia se espatifa: Foco, gente, foco

sábado, 3 de maio de 2008

Foco, gente, foco

Ninguém me nomeou ombudsman de nada, mas, como jornalista, resolvi fazer uma pequena autocrítica. Acabo de ver na TV uma matéria demonstrando e criticando o fato de que os telefones dos serviços de auxílio à população (empresas de energia elétrica, defesa civil, bombeiros e prefeitura) só davam ocupado durante o dia de hoje.


Em dias como ontem e hoje, em que chove em 30 horas o volume de 30 dias, não é de se esperar que tal tipo de congestionamento ocorra? Sou uma indignada com serviços mal prestados, principalmente os públicos, pelos quais pago (muitos) impostos, mas será que os jornalistas brasileiros não devemos pensar em como tratar melhor dessas questões em termos de prestarmos nós também um serviço?


No final do ano passado, a Carol viveu uma chuvarada parecida lá na Califórnia, e o que mais me chamou a atenção na cobertura da imprensa que acompanhei pela internet na ocasião foi o foco na orientação ao público sobre como agir, já que em situações assim é de se esperar que os serviços públicos sejam menos eficientes do que o normal. Uma das dicas de que lembro era justamente a de ligar para os números de socorro apenas em caso de necessidade e não simplesmente para saber, por exemplo, quando a energia elétrica seria restabelecida.

Enfim, estou fora das redações, mas fica a idéia e a dica para os meus 17 leitores. Em casos críticos para toda a comunidade, pense bem antes de ligar para um telefone de auxílio à população. O seu problema é mesmo tão grave?

Postado por Cássia Zanon

3 comentários:

  1. Parabéns, muito interessante tua orientação, muitas vezes o trabalho jornalistico falha em pontos como este.

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  2. Fernando Trindade04/05/2008, 06:38

    Realmente, deveria ocorrer sim uma orientação geral a população como agir nestas situações. Concordo que é meio obvio que neste tipo de situação, que em qualquer cidade do mundo causaria transtornos enormes, o serviço publico acabe sendo demorado e também menos prestativo. Poderia se investir em ações de educação e orientação a população, mas com certeza ainda assim continuaria reclamações e reportagens abordando este tema.

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  3. Pergunta: é muito politicamente incorreto chamar o Inter do 8 a 1 de ciclone extratropical, ou todo mundo aí já está fazendo essa piada desde as 6 da tarde?

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