O dia se espatifa: julho 2007

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Frio 2

Mais dois filmes para encerrar o fim de semana encerrados em casa: o curioso Stranger than Fiction e o Woody Allen de Scoop.

domingo, 29 de julho de 2007

Frio

Em Porto Alegre faz muito frio. E em vez de sair, achamos por bem ficar em casa à noite e ver, afinal, O Último Rei da Escócia. Oscar é pouco para a atuação do sempre excelente Forest Whitaker.

Para contrabalançar o peso da história, uma comediazinha de 2002 baseada em Oscar Wilde: The Importance of Being Earnest.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Have fun

Essa brincadeira, que peguei como dica da querida Fer Castello Branco, é um prato cheio para fãs de cinema e trilhas sonoras... Teste seus ouvidos :-)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Porque corro

Este post está sendo pensado desde o domingo de manhã, mas a tensão e a correria dos últimos dias acabaram deixando tudo para hoje, quando acabo me rendendo à preguiça e à listinha:

  • Sábado foi o segundo e último dia do curso muito bacana pago pela firma que me ensinou como ainda tenho o que aprender, mas me ajudou, afinal, a definir o que é que eu faço - arquitetura de informação. Chique, não?

  • À noite, o divertido Saneamento Básico no Frei Caneca seguido de jantar no Paris 6, na Haddock Lobo, com as mais que queridas companhias da Leticia, da Mônica, do Riq e do Nick. Vinho, steak tartare, macaroon e chá de hortelã. Nham.

  • O domingo foi cheio: café da manhã no Starbucks da Rua Amaury, metrô até o Museu da Língua Portuguesa (belíssima experiência multimídia que fez com que eu sentisse como se estivesse caminhando dentro de um site), volta sem compras pela linda nova Cultura do Conjunto Nacional e almoço com a Lê e o meu fofo primo Tales no Fifties da Vila Olímpia.

  • Depois do almoço, chá de banco de quatro horas no caótico Congonhas, culminando na troca do meu vôo Gol por um vôo TAM com tripulação triste e muita turbulência sobre o Paraná e Santa Catarina. Já estive em vôos piores, mas aquele foi o pior vôo da minha vida. Descobri que o medo é mais contagioso do que o bocejo.

  • Descobri que o cão mais velho está com problemas cardíacos, e isso está me deixando muito triste e preocupada. Estou entrando na fase final de um grande projeto, e isso está me deixando muito ocupada. Logo eu volto :-)

sábado, 21 de julho de 2007

Sabores paulistanos

Tem coisas que tenho a impressão de que, no Brasil, praticamente só se come e bebe em São Paulo. Quer dizer, se alguém souber me dizer onde, em Porto Alegre, a gente encontra um gnocchi de mandioquinha com molho de três cogumelos e uma caipirinha de grapefruit e hortelã, por favor, me avisa. Este foi o cardápio do jantar com a Lê, no restaurante Totó.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Congonhas e o Kid Trovão

E eu aterrissei em Congonhas. E, creio que junto com todos os outros passageiros, suspirei de alívio quando o avião parou na pista. E ele parou muito rápido, muito mais do que o normal, depois de um vôo impecável da Varig. E vi, no caminho para o hotel, a cena desoladora do prédio atingido pelo avião, anteontem. E descobri pelos queridos amigos que me deram carona (numa daquelas agradáveis coincidências que a vida nos proporciona) que, enquanto eu estava no ar, foi divulgada uma possível irresponsabilidade da TAM. E cheguei ao hotel exausta, só então percebendo o quanto o monte de comentários sobre a tragédia e os "que coragem, hein?" "tem certeza?" e "não dá pra adiar" dos amigos e conhecidos me deixaram tensa.

*

Lá em cima, comecei a leitura do so far delicioso Vida e Época de Kid Trovão, do meu ídalo Bill Bryson, de quem eu ainda não acabei de ler o podre de interessante Breve História de Quase Tudo, que consumo em doses homeopáticas há um ano e meio e está criando teia de aranha ali na esquerda e do qual já falei aqui.

Quer uma amostrinha do livro - que traz a visão bem-humoradíssima do autor sobre os Estados Unidos dos anos cinqüenta? Sente só (na tradução de Bruno Gomide, para a Cia. das Letras):

Os banheiros do Bishop's tinham as únicas privadas atômicas do mundo - ao menos as únicas que encontrei. Quando se dava a descarga, o assento levantava automaticamente e entrava numa reentrância na parede com a mesma forma do assento, onde era banhado numa luz púrpura que vibrava dum jeito tépido, higiênico, de avançada tecnologia, então descia de volta com suavidade, impecavelmente desinfetado, agradavelmente aquecido e praticamente pulsando com termoluminescência atômica. Só Deus sabe quantos iowanos morreram de casos inexplicáveis de câncer na bunda durante os anos 1950 e 1960, mas valeu cada nádega ressequida.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Multitalento

O cara é fotógrafo dos bons, querido até não poder mais, divertido como poucos, baterista de rock regressivo e amigo dos mais queridos. Além disso tudo, desde fevereiro ele mostra que sabe escrever num blog muito, muito legal, que só agora me deixou compartilhar com vocês. É tímido, ele. Com vocês, os mutantismos de Raul Krebs!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

...

Ainda não sei o que é mais forte, se a tristeza ou a indignação. Não encontro nada correto para escrever neste momento. Não foi um acidente, simplesmente, e a avaliação mais clara que vi disso foi de um correspondente do The Times, em entrevista à CNN. Sigo acompanhando as notícias em estado quase catatônico.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Lembrança do Pan

O pai da Manuela, também conhecido como André Roca, meu parceiro aqui do trabalho, está cobrindo o Pan pelo clicRBS.

Pois, da minha parte, ele foi pautado para uma coisa só: admirar a "estauta" da liberdade da Barra, por onde passei apenas uma vez, nas várias vezes que estive na Cidade Maravilhosa. Eis que há pouco meu gmail avisou que tinha mensagem dele. Com a lembrança aí do lado.

Valeu, Roca. Siga com a bela cobertura. :-)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Das coisas que se descobre com o tempo

Neste fim de semana descobri uma coisa que, imagino, só a idade seja capaz de nos dar. Manhattan sempre foi um dos (muitos) filmes que eu levaria para uma ilha deserta. Lembrava de ter gostado muito quando vi, mas, no domingo, notei que não me lembrava por que gostava dele.

Tirando a cena de abertura (com a grandiosa Rhapsody in Blue e o off do Woody Allen) e o trecho do Planetário, não lembrava de coisa alguma. E, caramba, que filme bom! Com isso, percebi que o tempo faz a gente esquecer mesmo as coisas boas (lá se vão 17 anos desde que vi Manhattan pela primeira – e única vez) e que ver um filme uma vez apenas não basta para nos lembrarmos de detalhes, por mais excelentes que sejam esses detalhes.

O melhor da (óbvia) descoberta foi me dar conta perceber quantos filmes excelentes eu posso (re)ver sem medo de sentir tédio.

sábado, 14 de julho de 2007

Vergonha

Não aprovo o governo Lula. Nunca votei nele – em 1989 ainda tinha 15 anos, é bom esclarecer. Não pretendo votar. Espero que em 2010 ele não faça um sucessor. Mas isso não impediu que eu ficasse morrendo de vergonha pelas milhares de pessoas que o vaiaram na linda abertura do Pan.

Acho a vaia uma das manifestações mais indignas do ser humano.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Confirmando as expectativas

Admito, fui predisposta a não gostar. Capitulo, ele tem a maior cara de ser alguém interessantíssimo com quem sair para tomar uns chopes. Agora, a palestra do Peter Greenaway foi chata. E, num dado momento, ele faltou com a verdade. Disse que passaria um trecho de um dos projetos dele e que tiraria quando o público começasse a se entediar. Não tirou! O público estava morto de tédio. Eu, pelo menos, estava quase tendo uma síncope quando a projeção foi interrompida.

Nessas horas eu me esconjuro por meus princípios de não sair no meio da fala de ninguém.

Por isso, querido Nasi, te peço perdão. Mas não vou conseguir fazer o relato detalhado que tu pediu ali embaixo. E depois de ver o trailer – chato – do recém-acabado Nightwatching, a ser lançado em Veneza, descobri que não será tão cedo que mudarei de idéia sobre a obra dele.

Sim, sim, é muito provável que essa minha implicância denote um grau inferior de desenvolvimento intelectual. Mas, enfim, prefiro conviver com essas limitações a fingir gostar do que acho pure bullshit, obrigada. Still, se ele quiser sair pra uns chopes, sou parceira.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Ah, por favor 2

Eu tô impossível hoje, mas este comentário estou para fazer há horas. Posso vir a pagar a língua no futuro, mas acho que poucas coisas no mundo são tão patéticas como esse Second Life. Ou eu não sei "usar" (ou o que quer que seja que se faça com aquilo), ou é mesmo algo tão idiota como esse vídeo bacaníssimo que eu vi pela primeira vez no Blog Mais Lido do clicRBS.

Ah, por favor

Não posso deixar de comentar...

O Cinema está morto é o tema da palestra da semana que vem do Peter Greenaway, um dos cineastas com a obra mais chata do mundo (e eu posso dizer isso, porque vi quase tudo dele quando ainda queria ser crítica de cinema e fingia gostar de filmes insuportáveis porque acreditava que isso dava "lustro" à minha formação). Se o cinema está mesmo morto, ele certamente foi um dos algozes.

Duas fronteiras

A da chatice
O tom monocórdio do Timothy Garton Ash só me fez pensar o tempo todo no professor mala do Curtindo a Vida Adoidado. Independentemente do conteúdo interessante da palestra e dos trocentos títulos que ele ostenta. Anyone? Anyone?

A do absurdo
Já nas respostas às perguntas do público, o Gabeira, que eu dizia no ano passado que seria meu deputado se eu votasse no Rio, disse, para gáudio da platéia, que uma das soluções para a corrupção seria acabar com o foro privilegiado para parlamentares e inverter o ônus da prova (!!!) para funcionários públicos (será que ele não queria dizer "detentores de cargos públicos"? Whatever).

As dúvidas que me ficam são: ele seguiria defendendo o fim do foro privilegiado no dia em que qualquer um o processasse na justiça comum por algo que ele dissesse ontem, por exemplo, com o único intuito de acabar com a carreira política dele? Os funcionários públicos que o apaludiram seguiriam achando uma boa idéia a inversão do ônus da prova (!!!) caso um colega mau-caráter ou um chefe mesquinho os acusassem injustamente de roubo e eles tivessem que se virar para provar que eram inocentes, e não o contrário?

Nesse momento, contrariei uma das minhas mais fortes convicções de etiqueta e fui embora.