O dia se espatifa: 2007

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Barulho para quê?

Fim de ano na praia. Sol, mar quente, previsão de tempo bom para o primeiro dia de 2008. Mas isso não basta para alguns veranistas, que insistem em soltar rojões e foguetes com uma periodicidade sem sentido desde que chegamos aqui, na sexta à noite.

Sempre tive medo de fogos. E nunca vi muito sentido em correr riscos de se queimar por conta de uma comemoração tão efêmera como chata. Muito chata. À exceção daqueles coloridos, os fogos que fazem barulhos são de uma imbecilidade sem fim.



Pois meu sogro fez ontem um questionamento que faz todo sentido do mundo: se é para fazer barulho, por que não alugar um imenso aparelho de som e reproduzir sons de foguetes estourando? Estou para dizer que a solução é inclusive mais barata.

*

Implicância à parte, fica aqui o meu desejo de uma ótima virada de ano.

Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Por um 2008 supimpa

Sei que o ano ainda não terminou, mas estou indo para a praia hoje à noite, e não sei como será a conexão por lá – ainda não comprei minha placa 3G. Portanto, deixo aqui a minha listinha de resoluções. A de 2007 não foi exatamente um sucesso retumbante, mas o ano teve várias surpresas boas, e o saldo acaba como imensamente positivo. Vamos aos planos para 2008:

- Falar menos e ouvir mais
- Seguir trabalhando em favor da preguiça
- Seguir tentando ser menos implicante
- Comprar um carro
- Conhecer Brasília
- Visitar a Carol na Califórnia
- Manter uma rotina na academia
- Dar um jeito de voltar a fazer ioga
- Aprender mais

Boa sorte para mim! E um 2008 supimpa para todos vocês ;-)


Postado por Cássia Zanon

Grandes pequenos prazeres do verão

- Beber um copo de suco/chá/água gelado na medida certa depois de %22provocar a sede até não agüentar mais%22

- Pular numa piscina à noite, depois de um dia de calorão porto-alegrense

- Vestir um par de Havaianas novinho pela primeira vez

- Passar hidratante no corpo depois de passar um dia de sol, vento e água de mar/piscina

- Entrar num ambiente com ar condicionado depois de suportar algum tempo de calorão na rua

- Tomar um banho de morno para frio depois de uma longa caminhada sob o calorão

- Ficar sentada na beira da praia, embaixo de um guarda-sol, tomando chá gelado e lendo um livro bem bobo

- Sair de casa com um vestido fresquinho e uma rasteirinha, para passear

- Sentar numa mesa de bar ao ar livre e ficar jogando conversa fora, tomando caipirinha e beliscando comidinhas de buteco

Antes de começar a fazer ioga, há dois anos, eu era uma pessoa do inverno. Uma lista como esta não existiria antes disso. Agora, estou cada vez mais um ser do verão. A lista é longa, e tende a crescer a cada dia.

E você, qual a sua lista?


Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Vida dura

Vida de dona de casa é fogo. Saí de férias na sexta passada e fico na folga da firma até o dia 2. Não vejo a hora de voltar ao batente para descansar um pouco ;-)

Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Das notícias no Natal

Em dias como hoje não dá saudade de trabalhar em redação. Deixemos baixar aquilo que chamo de meu esprit de porc e vejamos as manchetes dos portais que costumo visitar:

O movimento das estradas em tempo real (Muito útil e bacana, mas, believe me, dá um trabalho do cão fazer isso)

Feriado de Natal é o mais violento nas estradas federais (Ter que – sempre – dar esse tipo de notícia no Natal é ainda pior do que ler)

Incêndio em depósito de pneus ameaçou casas em Erechim (Ameaçou. Não fosse feriado, dificilmente seria manchete)

Flamengo anuncia que Milan liberou Ronaldo para negociar (Ohhhhh)

Ônibus com banda de forró capota na Bahia (Putz, que horror. Vide comentário da manchete sobre as estradas federais)

Dutra e Imigrantes apresentam lentidão na volta a São Paulo (Novidaaaaaaaaaade)

Flamengo negocia para ter Ronaldo durante Libertadores (Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhh)

Gisele Itié tem recaída e fica com o ex em festa de Natal (!!!!!!!!!!!!)

PCC ordenou motins em prisões de SP, dizem agentes penitenciários (Ok. E?)

SP: chuva deixa 5 regiões em estado de atenção (Verão, meu amigo. Been there...)

Milan libera Fla para negociar volta de Ronaldo (Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh)

Argentino deve chegar ao Corinthians na quinta (...)

Veja ensaios e escolha a mais gata do ano (Not!)

Bandeirantes tem 12 km de congestionamento em SP (Só?)

%22Tipo assim%22, o Ronaldo podendo talvez quem sabe negociar com o Fla é o must. Está por tudo. Não, né?

*

Espero que todos tenham tido um ótimo Natal. Principalmente meus amigos e colegas jornalistas que passaram o dia gramando para a gente ter o que ler na web depois da orgia gastronômica e consumista do feriado ;-)


Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Então é Natal

E você até pode ser um daqueles missionários do ateísmo tão na moda ultimamente, não me importa, este post aqui também é seu. Fica aqui o meu desejo de muita luz, paz, amor, saúde e solidariedade a todo mundo e todo o mundo.

Queridos leitores, sintam-se todos abraçados com muito carinho. E que recebam em dobro tudo o que desejam para os outros.



Feliz Natal!


Postado por Cássia Zanon

sábado, 22 de dezembro de 2007

O caos aéreo deles é melhor do que o nosso?

Quando a minha irmã ligou hoje para o meu celular do aeroporto de São Francisco, na Califórnia, de onde viajaria para Portland, no Oregon, e disse %22deu overbooking no meu avião%22, pensei: %22pronto, a guria deve estar superchateada, e eu não vou saber o que dizer para consolá-la%22. Só que não deu tempo de eu pensar no que dizer.

Antes mesmo de eu conseguir visualizar a incomodação que um overbooking significa hoje nos nossos aeroportos, ela completou: %22eles querem saber se, em troca de viajar amanhã cedo, eu aceito ficar num hotel até amanhã e ganhar uma passagem ida e volta para qualquer lugar dos Estados Unidos%22. Brazucas que somos, achamos, as duas, a coisa meio estranha.

Algumas horas depois ela me liga do hotel, %22dos bacanas%22, dizendo que a tal passagem gratuita vale por um ano, e que a estavam tratando com toda gentileza do mundo. Daí eu fiquei aqui, em Porto Alegre, onde nas três viagens de avião que fiz em 2007 acumulei literalmente 14 horas de espera em solo sem ganhar sequer um cafezinho das empresas aéreas, pensando: essa coisa de compensar passageiros por overbooking ANTES do horário do embarque e sem sequer a criatura pedir alguma coisa acontece por aqui também e é só comigo, uma passageira eventual, que não?


Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Cada escolha uma renúncia

Hoje estava conversando com um pessoal da zerohora.com e brinquei sobre os jargões à Dilbert com que estou me acostumando – e já chego a me flagrar usando – desde que, em setembro de 2006, troquei a redação do clicRBS pelo trabalho na área de Produto da RBS Internet e Inovação. %2280-20%22, %22trade-off%22, %22escopo%22, %22premissas%22, %22alinhar expectativas%22, %22cada escolha uma renúncia%22...

Esta última frase – que também dá título ao post – às vezes martela pesado na minha cabeça. Principalmente porque tem dias em que sinto falta de trabalhar basicamente com informação e edição de texto, com dead-lines apertados, com o controle direto sobre o que vai estar escrito na tela depois de se apertar o %22publicar%22, como nos tempos de redação.

A escolha de trocar de área me fez renunciar a tudo isso. Mas os colegas editores, coitados, não se livraram da minha mania de me meter no trabalho deles...

*

Este post é para dizer que a coisa por aqui tá meio parada, mas que eu não me esqueci de vocês. Enquanto isso, fica a dica de dar uma passadinha lá no marido e ver o post superbacana que ele fez e que envolve Scorsese, Hitchcock, Natal e espumante ;-)


Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Isso tem que ter fim!

Quem me conhece sabe o quanto sou neurótica com a violência no trânsito. Tanto que há tempos adotei a tática de ficar em Porto Alegre em feriadões ou, ao menos, ir e voltar nos dias de menos movimento. Além disso, há anos não encaro a 101, e das últimas vezes que fui a Floripa, tratei de ir de avião.

Agora a RBS lança uma campanha que pega o motorista imbecil por onde mais dói: o ego. Assiste aí!


Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Viagens da Janainchina

Você tem uma amiga doida que um dia largou tudo e se mandou pra China? E agora conta histórias incríveis e superinteressantes do outro lado do mundo? Eu tenho! E agora você também pode ter e acompanhar as peripécias dela pelo China in Blog.

A dona do pedaço, a Janaína Silveira, trabalhou conosco aqui no clicRBS e foi uma das mentoras do megahit hino do Inter em japonês. Pena que ela não tenha aceitado a minha sugestão pro nome: Janainchina. Não seria legal?


Postado por Cássia Zanon

sábado, 15 de dezembro de 2007

Etiquetinha

Até concordo que duas meninas entre quatro e oito anos possam não saber que não se deve ficar correndo, saltando e dançando – além de cantando e falando em voz alta – numa sala de espera cheia de gente indo e vindo. Mas a mãe das criaturinhas tem a obrigação de saber, não?

Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Disclaimer necessário

O meu querido amigo Leandro Steiw, belo jornalista que abandonou o blog delicioso que fazia, deixou no post anterior um comentário embaixo do qual me vejo obrigada a assinar, além de destacar um trecho que realmente poderia substituir a minha lista:

Cassiola, com o perdão da minha inexperiência e falta de paciência com o meu próprio blog, aquele corongo: acho que tem regras demais. Está parecendo manual de redação de jornalão. Muitas ordens para um ambiente - a internet - no qual prevalece a desordem e o progresso. Como única boa prática blogueira, eu recomendaria sinceridade. Escreva como se ninguém estivesse lendo e sem intenção de impressionar alguém. Só. E já nem levaria o meu conselho a sério. Se é regra, evite-a. E viva a ênclise.

Como eu mesma disse, nunca havia pensado nessas coisas todas sistematicamente até receber a tarefa. Isso porque a ambição do meu blog nunca foi atrair audiência, mas sim atender aos poucos leitores que compartilham das minhas preferências na vida. Só que nem todos os blogueiros têm esse desprendimento em relação ao incremento da audiência, por isso o %22manualzito%22.

*

Mais abaixo, o Codevilla, que sempre ouço na Itapema e que me honrou com uma visita e um comentário, disse outra coisa perfeitamente válida – e com a qual seria perfeitamente capaz de me identificar, se não tivesse sido irremediavelmente picada pelo vírus da vida geek:

sou do tempo que twitter é aquele falante pequenino que só sai agudo... acho que sou preguiçoso demais para estas ferramentas.

*

O blogueiro mais próximo de mim sequer leu o post que tantos comentários rendeu. Até porque no seu Jogo da Memória, o Márcio fala única e exclusivamente do que gosta e do jeito que gosta, e a audiência acaba sendo realmente conseqüência da identificação que cria com outros fãs de "velharias" como ele. E olha que tem a capacidade de reclamar que ninguém comenta nos posts dele, apesar de ele próprio não comentar nos posts alheios. Casa de ferreiro...

Em suma, vida blogueira é issaí mesmo: se tiver muita regra, acaba perdendo a graça. Só não espalhem que eu escrevi isso aqui, valeu? ;-)


Postado por Cássia Zanon

Das boas práticas blogueiras

Um dos itens que aparecem na minha lista de tarefas dos últimos dias é fazer um manual de boas práticas para blogueiros. Apesar de blogueira há quatro anos, nunca tinha parado para sistematizar o que aprendi nesse tempo todo. Para ser sincera, desconfiava se realmente havia aprendido algo de valor. Lembrava de um sem número de artigos lidos sobre o assunto ao longo desse período, mas faltava organização na cachola.

Pois eis que fiz uma pesquisa cuidadosa e encontrei um punhado de conceitos que já são consenso e descobri que a maioria deles já havia adotado há muito tempo – meio que inconscientemente, é verdade. Como sempre vi meu blog como um canal para me comunicar com amigos e pessoas com interesses semelhantes, nunca me preocupei realmente como %22atrair audiência%22. Mas não é que várias das coisas que faço estão na lista abaixo?

Não pensem que há aqui a intenção de se fazer um documento definitivo sobre melhores práticas para blogs. Pelo contrário. A lista que segue é apenas o começo de um trabalho que ainda vai custar para ficar pronto, e sequer está devidamente organizado. Por enquanto, vamos chamá-la simplesmente de %22Boas práticas%22.

Além disso, por favor, por favor, por favor, colaborem com mais sugestões, contestem pontos que considerarem equivocados e me ajudem a chegar o mais perto possível do ideal? Por favor? Em retorno, minha eterna gratidão. E o crédito, é claro ;-)

*

Além de muitas coisas que tirei sabe Deus de onde, já que o conhecimento estava fincado nos neurônios há muito tempo, com as referências todas misturadas, usei dicas que encontrei dos sites/blogs Como aparecer na primeira página do Google?, CyberJournalist.net e Online Journalism Review.


Postado por Cássia Zanon

Boas práticas blogueiras

Vai daqui a lista mencionada no post acima:

- Leia blogs

- Cadastre-se e use ferramentas como Technorati, del.icio.us, StumbleUpon, Twitter. Não sabe o que são? Descubra!

- Participe de comunidades online como Facebook, Orkut, LastFM e informe o endereço do seu blog no seu perfil. Você pode se surpreender com quanta gente vai chegar a ele por ali.

- Dê links. Muitos links. Para fora do seu blog, para dentro do seu blog, para onde quer que vá ser relevante aos seus leitores.

- Deixe comentários em outros blogs. Mas não faça isso apenas para receber link de volta. Seja sincero nos comentários. Sair espalhando comentários a granel apenas para divulgar o seu blog pode ficar antipático.

- Quando alguém deixar um comentário em seu blog fazendo alguma pergunta ou pedindo uma réplica, não ignore. Dependendo do caso, responda na caixa de comentários e copie a resposta ao interessado por e-mail, para o caso de ele não voltar.

- Aproveite a informalidade do meio, usando uma linguagem mais coloquial. Deixe o jornalista de lado e lembre que quem vai ler um blog está esperando um pouco da personalidade do autor em cada post. Converse com o internauta, use o imperativo, instigue seu leitor a reagir.

- Acrescente o máximo de informações possível a todo post. Tem uma foto, um áudio, um vídeo (que você tenha direito de usar, é claro)? Bote lá! Lembre que os limites da Internet estão mais ligados às nossas limitações do que ao meio.

- Leia blogs

- Estimule a interatividade. Mesmo quando não estiver tratando de assuntos polêmicos, convide o leitor a comentar, responder, participar de alguma maneira. Estimule-o a levar a discussão para outros blogs. Isso provavelmente vai gerar mais links e trazer mais audiência para o seu blog.

- Escreva sobre assuntos que você domina, fale do que gosta, use e abuse da primeira pessoa. O que você está escrevendo no blog não precisa ser a palavra final sobre o assunto em questão, um post é como um comentário numa conversa informal. Como numa conversa informal, porém, convém cuidar para não ferir suscetibilidades nem dar informações incorretas ou reproduzir inverdades. Quando não souber sobre alguma coisa, diga que não sabe.

- Invista em posts curtos. Posts mais longos (como este) são interessantes eventualmente, mas blogs que empilham um tratado em cima do outro tendem a cansar o leitor, que, afinal, como você, não está com tempo sobrando...

- Leia blogs

Postado por Cássia Zanon

Trauma de infância

Vale a pena assistir a esse vídeo curtinho do Rafinha Bastos sobre a música %22Nana nenê%22. Identificação total é pouco ;-)

A dica sobre os novos vídeos foi do Juliano, o nosso craque das imitações do clicRBS e dono do Escanteio.


Postado por Cássia Zanon

Novo site no ar


Tem uma hora de vida o novo site do Diário Catarinense, o diario.com.br, que segue a mesma linha do zerohora.com, lançado em setembro. Desta vez o parto foi bem mais simples.

Fica aqui o desejo de sorte aos colegas de Floripa que vão fazer o conteúdo sem o qual toda a estrutura que tive o orgulho e a honra de ajudar a montar não faz sentido algum.



A primeira capa do diario.com.br

Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Projetos, melhor não tê-los?

Está prestes a virar tradição. O balanço de 2006 gerou a lista para 2007. A pouco mais de duas semanas de terminar o ano, façamos o balanço deste 2007 em relação às resoluções feitas em 30 de dezembro passado.

- Seguir fazendo ioga
Não rolou :-( Fiz até a metade do ano, mas depois disso os horários foram ficando complicados, complicados, e eu não consegui tocar em frente. Porque as aulas de ioga são longas, e não tendo carro é complicado conciliar as coisas. Depois de dois meses parada, acabei me rendendo à %22acadimia%22, de que pela primeira vez na vida estou gostando.

- Caminhar duas vezes por semana
Depende. Caminhar até o ponto de ônibus conta? Ah, não rolou. Caminhar sem rumo não é pra mim. Agora caminho na esteira, 2,5 quilômetros por vez, duas ou três vezes por semana.

- Trabalhar em favor da preguiça (i.e. ser o mais eficiente possível para que as eventuais falhas ou atrasos não acabem se transformando em mais trabalho)
Sabe que até que deu certo? Só o lançamento da zerohora.com já me dá um pusta orgulho. Juntando com o do diario.com.br, que entra nesta madrugada, vou dizer que o balanço tá positivo.

- Ser menos implicante
Ah, eu tentei. Juro.

- Comer menos carne
Acho que tô conseguindo.

- Ler livros mais relevantes (pelo menos quatro deles durante o ano)
Descobri que esse é um conceito meio abstrato. Li cada livro bobo relevante este ano que vou dizer... ;-)

- Ir mais ao cinema
Mais ou menos, mais ou menos. Vi muito DVD. Isso conta?

- Fazer mais jantares em casa para reunir os amigos
Ah, isso foi legal. Mas acabei fazendo mais almoços. Acho mais divertidos.

Em breve, as resoluções para 2008 :-)



Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Por falar em Woody Allen

Vale a pena assistir ao vídeo dele de apoio à greve dos roteiristas de Hollywood.


Está no You Tube, e a dica eu peguei do Twitter do Inagaki.

Postado por Cássia Zanon

Mais de mim mesma

Agora, me digam, começar a semana lendo algo como o que segue não é para deixar a criatura se achando demais? Ainda mais considerando que a autora do elogio exagerado é uma best-seller qual a Claudia Tajes?

Adultérios

É o nome do novo livro do Woody Allen que a L&PM lançou na coleção Pocket e a Cássia Zanon traduziu como se tivesse incorporado o autor. Três peças em um ato, uma melhor que a outra. Livro ótimo, baratinho e tri bem produzido. Não é todo dia que aparece um assim.


Postado por Cássia Zanon

sábado, 8 de dezembro de 2007

Eu tô no til

Há umas semanas passamos uma tarde de sol na zona sul de Porto Alegre gravando o comercial de fim de ano da RBS. Ele foi ao ar hoje. Eu estou lá no til, ao lado da Rosane de Oliveira, do Ricardo Chaves (o Kadão) e mais uma porção de gente bacana com quem trabalho e já tive o privilégio de trabalhar.

 


Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Feng Shui mental

Achei linda esta foto
Correntes por e-mail irritam muito. Outro dia mesmo estávamos falando no trabalho a respeito, e a Bruna Nervis, que sai de férias hoje e só volta ao trabalho em 2008, contou a tática que ela usa, e é a mesma minha: não ler a parte que diz %22se você não mandar para trocentas pessoas, alguma coisa péssima vai acontecer a você%22. Essa irritação por correntes, compartilho com a minha irmã. Por isso, quando recebi um e-mail dela dizendo %22Yes, this is a forward, but it%27s sort of nice%22 (Sim, é um encaminhamento, mas é meio bacana), achei que devia ter algo legal mesmo ali. E tinha. Com exceção da SEIS, que eu acho meio que bobagem, vejam se não são legais essas dicas. Porque o lugar-comum às vezes tem seu encanto ;-)

UM
Dê às pessoas mais do que elas esperam, e faça isso com alegria

DOIS
Case com um homem/uma mulher com quem você gosta de conversar. Ao envelhecerem, essa habilidade será tão importante como qualquer outra

TRÊS
Não acredite em tudo o que ouvir, gaste tudo o que tiver nem durma tudo o que quiser

QUATRO
Quando disser %22Eu te amo%22, seja sincero

CINCO
Quando disser %22Sinto muito%22, olhe nos olhos da pessoa

SEIS
Fique noivo por pelo menos seis meses antes de se casar

SETE
Acredite em amor à primeira vista

OITO
Nunca ria dos sonhos de ninguém. Quem não tem sonhos, não tem muita coisa

NOVE
Ame profunda e apaixonadamente. Você pode sair machucado, mas é a única maneira de viver a vida completamente

DEZ
Quando ouver discordâncias, brigue limpo. Nada de palavrões

ONZE
Não julgue uma pessoa por seus familiares

DOZE
Fale devagar, mas pense rápido

TREZE
Quando alguém lhe fizer uma pergunta que você não quer responder, sorria e pergunte: %22Por que você quer saber?%22

QUATORZE
Lembre-se de que grandes amores e grandes conquistas envolvem grandes riscos

QUINZE
Diga %22saúde%22 quando ouvir alguém espirrando

DEZESSEIS
Quando perder, não perca a lição

DEZESSETE
Lembre-se dos três Rs: Respeito por si mesmo, Respeito pelos outros e Responsabilidade por todas as suas ações

DEZOITO
Não deixe uma pequena discussão prejudicar uma grande amizade

DEZENOVE
Quando perceber que cometeu um erro, tome atitudes imediatas para corrigi-lo

VINTE
Sorria ao atender o telefone. Quem estiver do outro lado da linha vai ouvir o sorriso na sua voz

VINTE E UM
Passe algum tempo sozinho


Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Saudade

Se não tivesse nos deixado há quase 12 anos, tenho certeza de que meu pai estaria hoje vivendo uma crise braba. Nascido a 7 de dezembro de 1947, faria 60 anos.

Quando penso em todas as coisas que não me viu fazer, em tudo aquilo que não pudemos comentar, sinto uma tristeza muito grande. Em compensação, volta e meia me dou conta de que há um pedaço dele em cada conquista e cada passo que dou por aqui, e isso me alegra demais.


*


Saudade, pai.

Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Ah, o RSS

Às vezes fico um pouco sem jeito com a falta de relevância dos meus posts, achando que eu devia estar dando informações mais úteis para os seres humanos. Mas daí eu passo 15 minutos lendo os meus feeds de notícias e encontro coisas assim (os comentários entre parênteses são o meu lado editora cruel se manifestando):

Brasil empata com a Rússia e cai no Mundial de handebol (O que seria de mim se não ficasse sabendo disso?)

Trânsito está ruim nas Marginais Pinheiros (Às 17h48, esperava o quê?)

Confira notícia sobre renúncia de Renan à presidência do Senado (Deu preguiça no editor?)

Scott Weiland nega acusação de ter dirigido embriagado ou drogado (Scott Rú?)

China é o maior consumidor de aço do mundo (Queriam que fosse quem? Cuba?)

Avenida Paulista apresenta lentidão (Às 18h27, qual a novidade?)

Comércio mundial não crescerá 6% em 2007, admite OMC (HAHAHAHAHAHA)

Tarifa de energia caiu, em média, 10% para o consumidor este ano, segundo associação (Alguém, por favor, tira a tecla de vírgula do teclado desse editor?)

Mauro Paulino comenta popularidade do presidente Lula (Marco Rú?)

Retenções na Avenida Brasil, em Ramos (O verbo ficou retido em algum lugar, pelo jeito)

Excesso de veículos deixa o tráfego lento em ruas do Rio (Se fosse falta de veículos, a notícia não seria mais interessante?)

Exposição de orquídeas e de bonsais em Rolante (O verbo saiu rolando?)

IBS prevê produção de 34 milhões de toneladas de aço este ano e 37,6 milhões em 2008 (Praticamente o lead inteiro da matéria)

Previsão de chuva para as próximas 24 horas (Onde, meu Deus?)

Vocalista da banda de punk rock 999 faz tarde de autógrafos em SP (99 rú?)

Cachorra que herdou US$ 12 mi é ameaçada de morte (PAVOR dessa abreviação de milhão como %22mi%22)

Ouça notícia sobre teste que detecta o HIV pela saliva (É sério isso? Deve ser o mesmo editor que mandou conferir a notícia do Renan)

Consumidores devem gastar até R$ 90 com presentes de Natal (Proibiram gastos maiores, é isso?)

Acho que deu de mau humor por hoje ;-)


Postado por Cássia Zanon

Cheia de mim

Vou pedir licença ao distinto e seleto público para me sentir o máximo por alguns instantes. Isso porque a querida Tânia Carvalho avisou num comentário ali atrás que deu dica deste humilde no Falando de hoje. Não é para ficar se achando mesmo?

Postado por Cássia Zanon

Autopromoção própria


Uma das coisas mais divertidas que traduzi neste ano foram as tirinhas do Snoopy.

Pois hoje vi no site da L&PM que saiu o quinto pocket com tradução minha: Posso fazer uma pergunta, professora?


Azar, é fofo ;-)

Postado por Cássia Zanon

sábado, 1 de dezembro de 2007

Narizes de talento

São fofos esses três...
Viagem a Darjeeling, do maluco Wes Anderson, era um daqueles filmes que eu estava guardando para ver em DVD. Principalmente por juntar três atores de quem eu gosto bastante na categoria %22narigudos interessantes%22: Adrien Brody, Owen Wilson e o fofo Jason Schwartzman – filho da Talia Shire, sobrinho do Coppola, primo do Nicholas Cage e da Sofia Coppola, legítimo sangue bom.

Enfim, encarei uma sessão de começo de fim de semana na agradável companhia da Cacá e do Sérgio e não me arrependi, aliás, fui surpreendida por um filme mais bacana do que o esperado. Destaque para a trilha sonora curiosa – alguém aí tem? – e a sincronia entre os três protagonistas.

Tri bom.




Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Menos carente...

... vou responder aos queridos leitores que se manifestaram por aqui ;-)

Jana: é uma honra ter uma visitante tão distante.

Nasi: nem é tanta gente assim. E eu só vim pra cá com a garantia de que nada mudaria.

Giuliano: outra honra ter um visitante diretamente da minha quase terra natal.

Isabele: valeu!

Fer: brindes são com a dona Camila Saccomori...

Henrique: fico faceira.

Joelma: quem está por aqui deve ser basicamente quem estava por lá. Pelo menos é o que eu penso antes de escrever, senão dá bloqueio. Quanto às tuas perguntas, vamos lá: teremos em breve lugar para botar link nos blogs. O espaço é mediado. Poderia não ser, mas como a nossa ferramenta ainda não avisa quando tem comentário novo, eu uso essa mediação para ver quando entra comentário novo. Nunca tive que exlcuir nenhum. ;-)

Anelise: o Sérgio é um exagerado. Eu vi ele comendo a lasanha que eu fiz. E gostando!

Emi: ah, pára! :-p


Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Tem alguém aí?

Tudo bem que comentar aqui é mais difícil do que no endereço anterior, mas, pelamordedeus! Desde que vim para cá, no começo do mês, a audiência do humilde mais do que dobrou. Em compensação, o número de comentários está uma tristeza.


Assim, ó, estou carente. Tem alguém aí?


:-)


Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cachorro de 13 centímetros

Se o prezado leitor é dos que considera bom restaurante aquele que serve muita comida por pouco dinheiro, talvez não vá se empolgar muito com a dica. Mas eu preciso dividir com vocês o prazer que é saborear um cachorro-quente da Confeitaria Princesa, no final da Rua da Praia (ou Rua dos Andradas, segundo os mapas oficiais), no centro de Porto Alegre.

Por R$ 3,90 cada, o freguês come um hot-dog minimalista, com 13 centímetros de comprimento, um pãozinho caseiro que fica entre o cacetinho (pão francês, para os não-gaúchos) e a bisnaguinha, um molho delicioso e uma mostarda clara supercaracterística do lugar. Só. E é o que basta.

Vale a pena. E a confeitaria também é uma graça, com fotos da cidade antiga, que, em conjunto com o sabor de coisa tradicional, é capaz de nos transportar para um tempo que a gente não viveu e nos fazer escrever um post com um final tão piegas como este.

;-)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Aviso aos visitantes

Não foi a mudança de casa que me deixou assim tão silenciosa, não. É que a troca de URL se confundiu com um deadline de entrega de tradução. E quem acompanha a rotina deste sabe que a coisa tende a ficar um pouco parada nesses períodos.


Em breve retornaremos com a nossa programação normal.

Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ossos duros do ofício

Mal posso acreditar, mas a seguinte frase acaba de sair do meu teclado:

Se houver inviabilidade técnica em algum caso, favor nos avisar, que a gente valida a solução possível.

Medo. Daí pra começar a usar vários verbos terminados em %22bilizar%22 não falta muito...

Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Na boa, com todo respeito

Já notou que sempre que alguém começa uma frase com "com todo respeito" é porque aí vem bomba, provavelmente sem respeito algum? Pois seguindo esta mesma lógica, o Luis Mizutani, que trabalha comigo, percebeu que toda vez que eu estou muito irritada com alguma coisa, começo a frase com "na boa".

Foi o que bastou para que toda vez que eu diga "na boa" eu me toque que talvez esteja na hora de contar até 10. Pena que quase nunca dê tempo ;-)

Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Critérios, urgente

Surgiu em Porto Alegre um projeto bem bacana de conscientização sobre os perigos do trânsito. É o Vida Urgente, criado por Régis e Diza Gonzaga em 1996, depois da morte do filho Thiago, aos 19 anos, num acidente. O nariz de cêra é para os meus poucos leitores de fora do Estado, para contextualizar.

Ocorre que o Vida Urgente tem um símbolo que já é bastante conhecido por aqui: uma borboleta. E essa borboleta pode ser vista em vários pontos da cidade, inclusive – e principalmente – colada na forma de adesivo em carros de gente, supostamente, engajada na causa.

Explico o supostamente.

Nos últimos dias, presenciei três atitudes no mínimo questionáveis no trânsito da cidade:

(1) um motorista percorreu vários quilômetros da Av. Nonoai a 30 quilômetros por hora na pista da esquerda, provocando várias ultrapassagens (muitas irritadas) pela direita;

(2) outro estacionou o carro em cima de uma calçada no bairro Assunção, deixando pouquíssimo espaço para pedestre, já que a calçada é estreita;

(3) o terceiro, quando acionei o pisca-pisca para trocar de pista na Av. Cavalhada, enfiou o pé no acelerador e resolveu me ultrapassar em vez de seguir no mesmo ritmo e permitir que eu fizesse a manobra com segurança.

Claro que vi vários outros casos parecidos. Só que esses três têm um ponto em comum: todos envolviam veículos que ostentavam a borboleta da campanha.

Fiquei pensando que talvez fosse legal o Vida Urgente adotar alguns critérios para distribuir os adesivos. Porque coisas como as três citadas acima acabam prejudicando a imagem de um trabalho tão sério.


Postado por Cássia Zanon

domingo, 18 de novembro de 2007

Para registro

Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que de vez em quando acontecem esses hiatos. Normalmente estou em fase de entrega de algum trabalho que deixei atrasar. Pois é. Estou acabando uma tradução. E o fim de semana acabou se resumindo a traduzir-dormir-cozinhar-comer-traduzir.


Teve um ratatouille digno desta pequena nota no almoço de domingo e conversa boa com amigos no sábado e no domingo à noite. O post fica aqui só para dizer que pretendo voltar logo.

Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Na boa

Como ter paciência para filmes iranianos? A sinopse da coisa já é chata: %22Seis garotas querem assistir a um jogo de futebol no Irã, país que as proíbe de freqüentar estádios%22.

Com tanta coisa pra ler e ver e ouvir que eu nunca vou conseguir ler, ver e ouvir...


Postado por Cássia Zanon

Feliz Dia da República!

Para quem, como eu, passou mais de uma década sem feriados, ter um feriado no meio da semana é estranho e ao mesmo tempo incrível. Inspirada pelo lindo dia de sol, fiz um almoço delicioso.

Em pouco menos de uma hora, saiu da nossa cozinha a minha versão do Frango à Marengo, (sobrecoxas e peito de frango temperados com limão siciliano, sálvia fresca, sal e pimenta do reino, refogado com pele e tudo no azeite de oliva, com dois dentes de alho, duas cebolas pequenas, meio pimentão amarelo, meio pimentão verde, dois tomates paulistas maduros e meia bandejinha de cogumelos paris fatiados) e uma salada de frutas caprichada (um melão espanhol pequeno, uma pêra roxa, uma banana-maçã, uma maçã fuji, três laranjas-pêra, uma carambola pequena, uma bandejinha de morangos, meio litro de suco de laranja de garrafa e duas colheres rasas de açúcar).

Pena que não tirei fotos, mas posso garantir que o colorido dos pratos ficou comovente :-)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Recordar é viver (2)

Com a falta de tempo que assola a minha vida, recorro mais uma vez ao autoplágio para não deixar as coisas por aqui tão paradas. Voltemos, então, a dois anos atrás.

Corro, logo blogo

%22É a correria%22 é a frase que eu mais ouço e mais digo desde que a responsabilidade sobre a minha vida passou para as minha mãos. Nesta semana, não consegui ligar no aniversário do grande amigo que está trabalhando em São Paulo. A correria. Não consegui nem ligar para combinar um almoço rápido com uma amiga. A correria. Deixei de (des)confirmar a ida à praia com outra amiga. Ela, aliás, também não telefonou. Deve estar na maior correria.

Todo mundo está na correria. O tempo todo. Funcionários de carteira assinada, profissionais liberais, freelancers, desempregados, escritores, cineastas, publicitários, advogados, dijêis diletantes, produtores, estudantes, mães, pais, grávidas... Não importa muito por quê, todo mundo está sempre correndo.

Teria até passado pela minha cabeça paranóica que a tal %22correria%22 não passe de uma desculpa esfarrapada se eu realmente não deixasse de fazer tudo o que citei ali em cima e muito mais por causa dessa entidade que me faz estar sempre com agenda lotada. A tal correria.

Não, eu não deixo de sair com amigos e tomar chopes e ir ao cinema e ver pessoas e falar ao telefone e ler livros e assistir à TV e me divertir e meditar (sim, pode acreditar). Só que não faço essas coisas com uma freqüência satisfatória nem com todos com quem gostaria.

E aqui reside a maior contradição: volta e meia entra na minha vida uma nova amiga de infância, um novo melhor amigo. E eu me alegro muito por isso. Mas me entristeço também um pouco. Porque no fundo sei que vai ser mais alguém com quem eu certamente não vou conseguir falar tanto quanto gostaria.


Postado por Cássia Zanon

Alguém aí sabe...

... quando o verbo "gerir" virou "gestionar"?

Postado por Cássia Zanon

domingo, 11 de novembro de 2007

Fim de semana em tópicos

Adoro finais de semana como o que está acabando, em que dá para fazer uma lista das coisas legais:

1 - Ratatouille no DVD. Uma das melhores animações ever. Tenho dúvidas sobre se é melhor do que Nemo, mas talvez seja.

2 - Almoço de sábado em casa com amigos queridos, estreando a linda panela Wok que comprei no Zaffari com arroz frito com camarão e ervilhas tortas.

2.1 - Ensaiei um Tiramisú com receita do Jamie Oliver, mas o resultado ficou aquém do esperado – valeu por me fazer criar o que considero uma boa definição para ricota: é o %22chuchu dos queijos%22.

2.2 - Aliás, alguém aí sabe onde comprar mascarpone em Porto Alegre?

3 - Almoço de domingo no Cândido%27s – delicioso Camarão à Húngara –, seguido de sorvete na Argento – o de goiaba, que tomei pela primeira vez, é divino – e, depois, café(s) com amigos no Bar da Bienal.

4 - Platéia das premiações mais do que justas do Fato Literário deste ano. Sérgio Faraco merece sempre o reconhecimento.

5 - Para encerrar, jantar no Barranco comemorando a rodada colorada no Brasileirão ;-)

Praticamente um post do Cookies. Como diria o Roger: azar, gostei.


Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Duas horas e meia

Mais de duas horas e meia durou a palestra da Camille Paglia no Fronteiras do Pensamento desta quinta-feira. Duas horas e meia de slides. Duas horas e meia de fala ininterrupta. Duas horas e meia sem uma única declaração dela que eu já não tivesse ouvido/lido antes.


Só para se ter uma idéia, depois do aviso de que faltavam 10 minutos (na verdade o tempo já estava estourado, pelos meus cálculos), ela ainda falou por mais ou menos uma hora. Foi duro, mas resisti a sair na metade – coisa que metade da platéia não fez. Por causa do adiantado da hora, infelizmente não pude ficar para ouvir a mediação das queridas Alice Urbim e Cíntia Moscovich. Alguém aí ficou e pode me contar se houve alguma participação delas? Quando estava saindo, depois das duas horas e meia, ouvi que não seriam feitas perguntas, mas não sei o que houve depois.

Talvez mais adiante dê para desenvolver e falar do que achei bacana – sim, teve coisa que achei bacana. Agora não dá. Ainda estou sob o efeito das duas horas e meia do começo da noite.


*


A experiência toda, aliás, me deixou com uma grande dúvida. O que é mais indelicado: sair na metade de uma palestra ou falar por quase o dobro do tempo anunciado antes do começo – que já era 50% maior do que o tempo regulamentar do evento?

Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Guia prático para o menu deste blog

Então o Lafayette, que também é meu amigo de blogosfera, láááá do Pará, perguntou como o blog dele aparece aqui na direita. Explico: ali do lado estão os feeds que eu assino e acho por bem dividir com o mundo, por considerar que coisa boa é para repartir. Se não consigo ler tudo (quem consegue?), pelo menos mantenho um recorte do que está sendo postado no momento em que entro online e acesso o blog. Aparecem na lista sempre as últimas atualizações.

*

A coisa está dividida da seguinte maneira:

Perfil
Yours truly %22pelaí%22. Quem sou eu neste mundão da Rede Mundial de Computadores, que é como a gente se referia à web nos idos do começo do século

Assinar
O RSS do blog pelo Feedburner, que forma um endereço mais palatável do que o original e permite que o dono do blog (i.e. euzinha) tenha uma noção de quanta gente chega aqui via feed readers

Fave This
Atalho para vocês me %22favoritarem%22 no Technorati :o)

Pitacos eventuais
Links para os blogs onde meto meu bedelho de vez em quando

A cara metade
Ou seria a metade cara? ;-)

Fazendo
O feed dos comentariozinhos curtinhos, inhos mesmo, que faço no Twitter. Desde que ganhou integração com o Gtalk, conquistou também meu coração...

Vizinhos
Os blogs do clicRBS que eu leio sempre. Ou quase sempre

Blogs
Blogs do mundo todo que eu gostaria de conseguir ler sempre. Só tem fera

Geekices
Notícias, blogs etc. sobre web, tecnologia e quetais. Vício maluco que virou trabalho ou trabalho que virou vício maluco?

Vai se informar
RSS das minhas fontes de notícias preferidas – incluindo, claro, zerohora.com

Traduzindo
O que passa pelos computadores de casa, quando estou %22descansando%22

RSS
O RSS original, caso o Feedburner não agrade o freguês. Assine um ou outro. Tanto faz

Posts destaques
O que eu acho que pode ser útil ao caro leitor um dia e não custa deixar separadinho. Este post, por exemplo

Categorias
Minhas humildes tags. Ajuda a organizar um pouco a bagunça, não?

Busca
Funciona! Vai por mim ;-)

Arquivo do blog
Acho meio confuso, mas um dia a gente dá um jeito nisso...

Ainda tem muita coisa que eu quero botar ali. Mas ainda não dá tecnicamente. Conforme formos melhorando a nossa ferramenta e a nossa casa, vou avisando vocês.



Postado por Cássia Zanon

Momento Fora de Série

Sou obrigada a voltar à seara da Camilinha para fazer um comentário rapidinho: o primeiro episódio da segunda temporada de 30 Rock, com a participação do Jerry Seinfeld, foi MUITO bom.

Assista!


Postado por Cássia Zanon

Como economizar tempo


Não pude deixar de compartilhar a diquinha da Rosana Reischak, que trabalha comigo na área de produto da RBS Internet e Inovação:

Olhem que legal esse site: http://www.waitless.org/

Ele tem vários vídeos explicando como fazer coisas do dia-a-dia de maneira super simples e rápida, como descascar uma bata ou um ovo cozido, gelar uma latinha de refri em apenas alguns segundos, fazer um bebê parar de chorar num instantinho, entre outras...

Clicando ali em %22See more Sprintcuts%22, na direita da tela, tem uma lista com várias coisas.

Certo que vou ter que testar alguns em casa! :)

Prestem atenção nos vídeos que ensinam como descascar um ovo cozido e estacionar um carro. São divertidíssimos!

Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Recordar é viver (1)

Tem alguns posts que publiquei nos blogs anteriores pelos quais nutro algum carinho. De vez em quando, vou publicar um deles por aqui. Este primeiro foi escrito há um ano, depois de eu tomar a minha primeira anestesia geral.

Sei lá, gostei...

Da superação dos medos e do medo dos micos

Então eu tomei a minha primeira anestesia geral. Foi na terça-feira, num exame/cirurgia que eu tinha marcado no fim de outubro e que desde então vinha me tirando o sono e a atenção devida das coisas importantes. Planos para depois do dia 7/11/2006? Podia ser, mas eu não sabia se estaria por aqui ainda...

Paraíso/inferno dos hipocondríacos e dos neuróticos (como eu), a Internet informava através de vários trabalhos científicos sérios que o risco da intervenção era de 3 para 1000. Três para 1000. Não cheguei a pesquisar, mas imagino que o risco de ser atropelada ao sair de casa seja maior. Nada que alivie as ansiedades de uma ansiosa crônica como eu. (Os sites que %22vendem%22 a técnica do exame sequer falavam em riscos, mas desses eu queria distância.)

Como dá para notar pelo post, eu sobrevivi à anestesia, e o resultado do exame/cirurgia foi o desejado. Tudo muito simples, como meu querido e paciente médico cansou de explicar que seria. Mas eu TINHA PÂNICO da anestesia. Tanto pânico que cheguei a pensar em fazer um post despedida, para ser publicado postumamente. Exagerada? Imagina.

O pior, no fim, foram os micos que se sucederam depois do despertar. Lembro vagamente de alguns, e tenho certo medo de perguntar para o médico se a coisa foi pior do que me lembro.

– Tu tá bem? – perguntou o médico.

– Tô maravilhosa – respondi, hiperbolicamente, pensando %22estou viva! estou viva!%22.

– Tá com alguma dor?

– Não, tô ótima! – Mentira, estava com dor, sim, mas estava viva, estava viva!

Mexi os braços. Mexi as pernas. %22Beleza, não afetou os movimentos.%22 De repente, paúra:

– Eu não consigo sorrir! Eu não estou conseguindo sorrir! – Aqui vem o momento pavor de verdade. Será que eu disse isso só duas vezes como me lembro ou será que saí gritando a caminho da sala de recuperação fazendo caretas e tentando desesperadamente sorrir? Tenho a vaga impressão de que os médicos e as enfermeiras à minha volta estavam às gargalhadas. Acho que não quero saber.

Já na sala de recuperação, a enfermeira que ficou me monitorando me pergunta:

– Tu sabe o teu nome completo?

– Cássia Zanon – respondi, prontamente. Acho que para garantir, emendei, sem que ela me perguntasse nada: – Nasci no dia vinte de fevereiro de mil novecentos e setenta e quatro.

Ainda não sei se não segui informando endereço, CPF, RG, filiação etc. Mas que fiquei louca de faceira que não tinha ficado com amnésia, ah, fiquei.

De todos os motivos que me levam a ser grata por ter saído %22viva%22 da sala de cirurgia, o maior foi a última frase que eu lembro de ter dito antes de capotar e que não poderia ser mais deprimente como últimas palavras de qualquer cristão:

– Doutor, acho que o senhor botou alguma coisa na minha bebida.

Não, né?




Postado por Cássia Zanon

domingo, 4 de novembro de 2007

Link para blogs nos comentários

A Claudia Tajes passou por aqui (que honra!) e deixou um comentário falando que tem um blog! Eu não sabia!!! Se soubesse, claro que teria dado o link.

*

Aliás, por enquanto, como ainda não dá para deixar o link clicável dentro dos comentários, fica uma dica para os blogueiros: assinem seus comentários com o endereço dos seus blogs.

Em breve teremos um campo só para isso no formulário :-)


Postado por Cássia Zanon

sábado, 3 de novembro de 2007

Leituras em tempo de feira

Claudia Tajes autografa na quarta
Às vezes, passo um mês sem terminar um único livro. Em outras, leio dois em menos de uma semana. Não sei se é o clima de Feira pairando sobre a cidade, mas foi o que aconteceu nos últimos dias.

Primeiro, devorei em três sentadas o Lula é Minha Anta do Diogo Mainardi. Quer você concorde ou discorde do sujeito, quer o adore ou o deteste, uma coisa é preciso admitir: escreve bem, a criatura. Leia. Nem que seja para falar mal com propriedade.

Depois, estraçalhei em duas etapas – que poderia ter sido uma, se eu não tivesse começado a ler durante uma madrugada insone – o delicioso Louca por Homem, da queridíssima Claudia Tajes, de quem eu já havia falado aqui, aqui e aqui. Na quarta, dia 7, às 18h30, ela vai estar autografando o próprio na Praça de Autógrafos da Feira do Livro. Corre lá comprar o livro!

Outra dica para comprar na feira é o Na Praia, do Ian McEwan. Deste eu gostei tanto que já dei pra duas pessoas muito especiais para mim.

*

Quer saber mais de livros e literatura? Dá um pulo ali no Mundo Livro.


Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Mudei, mudamos

Por favor, troquem nos blogrolls e favoritos:

clicrbs.com.br/cassiazanon

Tem também o novo feed:

feeds.feedburner.com/cassiazanon

Das vantagens da blogosfera

A melhor coisa de ter e ler blogs, melhor até do que a possibilidade de escrever e ter pelo menos alguém que nos leia, é a relação que desenvolvemos com outros blogueiros. Às vezes, como aconteceu comigo e o Ricardo Freire, do delicioso e superpop Viaje na Viagem, a amizade virtual acaba virando real. Porque o nosso contato começou quando ele se achou citado no meu primeiro endereço, uma coisa levou a outra, e hoje eu tenho a honra de chamar um cara que antes era um ídolo de amigo.

Outras vezes, um encontro casual vira uma amizade virtual bacana. Foi assim com o Sérgio Rodrigues, a quem lia no no.minimo e conheci pessoalmente numa sessão de autógrafos do Sérgio Augusto, no Rio de Janeiro, e que hoje é um blogueiro amigo. Seu Todoprosa é imperdível, assim como seus livros.

Tem também o caso de gente que nos descobre por outros blogs, como foi com a Fer Guimarães Rosa, que mora em Davis, na California. Se não me engano, ela chegou à segunda sede d%27O dia se espatifa pelo blog do Riq e acabamos nos descobrindo mutuamente. A mulher cozinha à perfeição – nunca provei nada que ela tenha feito, mas leia os posts e veja as fotos do seu Chucrute com Salsicha e me diga se isso não está na cara – e escreve de um jeito superdivertido também no Fezoca%27s Blurbs. Apesar de nunca termos nos visto, minha irmã foi para a Califórnia em junho levando os contatos dela %22para o caso de uma emergência%22 :-).

Hoje aconteceu um caso novo. Um amigo dos mais reais – quando fiquei amiga do Raul Krebs a internet ainda engatinhava – acabou me levando para o blog de um velho amigo de quem a vida me separou. O Jacoby que o Raul cita num post do mutantismos dele para mim era e sempre vai ser o Alê: um amigo que me fazia ouvir Pearl Jam no carro e com quem fiz muita festa nos tempos de faculdade, quando a internet não tinha sequer saido da incubadora. Pois o Alê – ou Jacoby – criou um blog com uma proposta muito bacana. Eis o que ele propõe no seu NICKFRAME:

Pegue seus contatos no messenger e anote as frases que acompanham seus nicknames. Monte um blog onde cada frase tem uma interpretação visual dissociada do contexto daquela que foi escrita. Sem bloqueios ou boa política. Qualquer traço, fonte, idéia, imagem complexa ou simplória, inteligente ou imbecil tá valendo. NICKFRAME são pensamentos momentâneos e com prazo de validade bem curto onde alguém cria nicks no messenger e outros criam imagens pra esses nicks.

Não é tri?




Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Vai à Feira?


Finados é dia de lembrar quem nos deixou e, em Porto Alegre, também é dia de ir à Feira do Livro. Antes de se bandear para a Praça da Alfândega, porém, fica aqui a diquinha: passa ali no site especial do clicRBS, editado pela minha amiga e parceira de trabalho Ju Lessa – que também bate ponto no Holofote –, para ficar sabendo de tudo o que está acontecendo por lá.

Postado por Cássia Zanon

Falta pouquinho

Agora falta só o link definitivo, que eu passo na semana que vem. A casa nova já está em pleno funcionamento. É favor comentar no novo batlocal.

Das escolhas

Depois de ler o post de apresentação, o Daniel Bramatti, meu querido amigo exilado em Sampa, perguntou %22que bobagem tu fez no dia da morte da Diana???%22 Não sei bem se foi bobagem, mas foi naquele dia que eu me dei conta de que definitivamente não tinha nascido para ser produtora de TV e pedi demissão.

Felizmente, duas semanas depois fui chamada para trabalhar na Política da ZH pela Rosane de Oliveira, que, para nossa sorte, aderiu sem reservas à blogosfera.


Postado por Cássia Zanon

Saudade

Foi ao som de A Rã, de João Donato, que o Márcio e eu lembramos pouco depois da meia-noite que o nosso Floquinho faria 13 anos hoje. Não sabemos bem por quê, mas ficou convencionado lá atrás que esta era a música dele. Não vou escrever muito, não, porque este post no Bicharada diz quase tudo que eu queria dizer de novo.

Postado por Cássia Zanon

Momento nepotismo

No post abaixo falei en passant sobre a Carol, a irmã que me acompanha há três décadas. Já várias vezes a guria começou e parou com o blog. As paradas são uma pena. Porque ela tem um talento para narrar coisas de um jeito divertido que euzinha aqui não tenho.

É bem verdade que não foram poucas as vezes em que nos estranhamos por conta disso. %22Dá o lide, criatura!%22, eu costumo dizer, jornalista viciada em saber primeiro o desfecho pra só depois querer os detalhes. Ainda bem que ela não me ouve, porque senão as histórias que conta ficariam bem sem graça.

Desde junho, ela mora em Fairfax, uma cidadezinha com ares hippies perto de São Francisco, na Califórnia, e trabalha numa empresa de intercâmbio na vizinha San Anselmo. Na terça, viveu seu primeiro terremoto. Que descreve com a graça já mencionada:

Eis que Carolina encontra-se em uma palestra em San Rafael, cidade de Marin County, baia norte de San Francisco, quando um caminhao comeca a passar na rua em frente. Ou melhor, a sensacao era de que isso estava acontecendo, porque o chao da sala do predio onde eu estava tremia forte e no ambiente se escutava aquele barulho tipico: brbrbrbrbrbr.

Depois de alguns segundos, comecei a pensar que esse tal caminhao devia ser MUITO pesado... e lento! Alem disso, um forte ponto contra a teoria do caminhao era que a palestra estava sendo ministrada em uma sala nos fundos do predio da A street.

A duvida acabou quando a palestrante, bem tranquila, fala: %22Ah, eh um terremoto. Esse deve ter sido 4.1%22. Como assim?! Entao, eu e minha fiel escudeira mineira Raquel arregalamos nossos pequenos olhos e disparamos - num quase inicio de surto de panico: %22Como assim?? Terremoto? O que a gente faz? Vai pra debaixo da mesa? Fica debaixo da porta??%22.

Quer ler o resto? Vai lá.


Postado por Cássia Zanon

De casa nova, de novo

Então eu recebi um convite para ir para . E aceitei. Ainda não tem endereço certo, mas a arrumação da casa nova está se dando aos poucos. Para vocês, meus fiéis e queridos 17, uma prévia antes da publicação oficial ;-)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Bem-vindos à casa nova

A dona da casa: porto-alegrense filha da Alair e do Jurandir desde 1974, irmã da Carolina desde 1977, paulistana de 1980 a 1983 e de 2001 a 2003, sorocabana de 1983 a 1990, anchietana em 1991, estudante de jornalismo de 1992 a 1995, cara-pintada com senso crítico em 1992, %22Cara Nova%22 da RBS TV em 1995, produtora do Mulher & Cia da TVCOM de 1995 ao fim do programa, aluna do curso de jornalismo aplicado da RBS em 1996, produtora da Tânia Carvalho no Falando Abertamente até o dia da morte da Princesa Diana, subeditora e repórter de política da Zero Hora entre 1997 e 2000, editora do Terra do dia do seqüestro do ônibus 174 até 2003, tradutora literária desde 1999, repórter do Correio do Povo em 2003, editora de Notícias do clicRBS entre 2004 e 2006, arquiteta de informação da RBS Internet e Inovação desde setembro de 2006, namorada do Márcio Pinheiro desde 1995, dona do Floc entre 1996 e o último dia 15, dona do Bubi desde 2002, fã dos Beatles desde 1985, doida por Chico desde 1979, colorada desde sempre, geek desde 1992, mestre-cuca diletante desde 1996, blogueira desde 2003. Misture tudo e, voilá: um comentário aqui, outro ali, sempre sobre qualquer assunto, sobre o que dá na veneta, sem muita lógica, sem temas definidos, com alguma coerência, muitas implicâncias e a eterna busca por um pouco mais de cor em tudo.

Convidada a trazer meus posts multitemáticos para o clicRBS, onde trabalho há quase quatro anos, reagi inicialmente com ceticismo. Jornalista, tradutora e arquiteta de informação, tudo ao mesmo tempo agora, sou incapaz de concentrar meus interesses numa área só. Com preguiça de ter um blog para cada assunto, acabei optando por este, que fala de tudo um pouco – e, claro, de quase tudo mal. Quem pode querer ler sobre algo assim tão indefinido?

Enfim, está lançada a semente. A casa antiga está sendo desativada (e o gerúndio aqui se aplica, já que o processo realmente está acontecendo aos poucos), mas fica lá com os arquivos de quatro anos repletos de nada específico.

Agora estou aqui. Seja bem-vindo à casa nova. Assine o RSS, venha sempre que possível e fique à vontade.


Postado por Cássia Zanon

Acendendo o refletor

Começa agora o processo de mudança. De para cá. Em breve, no blogroll do clicRBS.

Postado por Cássia Zanon

Cadê o livro?

Não sou uma acadêmica. Uma vez tentei ser, mas fui conquistada pela realidade.
A frase não é minha, ainda que pudesse ser, mas da escritora norueguesa Åsne Seierstad, a quem assisti hoje no Fronteiras do Pensamento. A palestra foi bacana – seguida por uma divertida e interessante participação do Moacyr Scliar –, mas o que me impressionou mesmo foi a beleza dela. Que mulher linda!

Saí de lá com vontade de ler O Livreiro de Cabul, que andou passeando pela minha cabeceira até eu desistir e achar que nunca leria. Agora preciso recuperá-lo, onde quer que ele tenha ido parar.

sábado, 27 de outubro de 2007

O incompreendido

Uma das muitas contradições que descobri cedo no Márcio, quando começamos a sair, em 1996, era que ele gostava, quer dizer, gostava não, ADORAVA o seriado Magnum, com o Tom Selleck, a ponto de ter vários episódios gravados em VHS. Como ocorreu com muitas dessas contradições, eu acabei sendo convencida (de verdade) do valor do seriado. Não é que é bom mesmo?

Pois hoje, lá no Jogo da Memória, ele escreve sobre Magnum a pedido do nosso querido amigo Raul Krebs.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Para dar risada

A L&PM tem quatro livros do Woody Allen à venda. Três foram traduzidos pelo Ruy Castro. O último, recém-saído do forno, por esta que vos bloga.

Azar, tô me achando. E o livro, Adultérios, é muuuuuito divertido.

domingo, 21 de outubro de 2007

Para começar bem a semana

Dando uma de Camila Saccomori no seu Fora de Série, vou usar uma inspiração serística pra começar a nova semana num astral melhor do que a que passou. No episódio de E.R. reprisado no fim de semana, a Abby fala para o Luka alguns versos deste lindo poema de e.e. cummings:
i carry your heart with me (i carry it in
my heart) i am never without it (anywhere
i go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)

i fear no fate (for you are my fate, my sweet) i want
no world (for beautiful you are my world, my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life; which grows
higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart

i carry your heart (i carry it in my heart)

Gente estúpida 2

Que até uma besta pouco informada como eu pode dizer que as artes plásticas contemporâneas estão repletas de picaretagem e imbecilidade é evidente. Agora... uma história como esta é de deixar qualquer um indignado.

*

Update: Ainda tenho a esperança de se tratar de um hoax.

sábado, 20 de outubro de 2007

Rapidinha

Só passei por aqui para confirmar o que muita gente boa já disse: Na Praia, do Ian McEwan é lindo, lindo. Leia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Gente estúpida

Algum cretino escreveu a seguinte mensagem no meu post sobre a morte do Floc:
Este amor canino geralmente nutre casais que não têm filhos. Sendo estes jovens, caso não se trate de problema médico, pode ser falta de amor e/ou de sexo, disfarçados de "opção". Neste caso, o cãozinho escapou de uma fria, pois o ambiente deve ser bem neurastênico.
É evidente que essa pessoa sã e cheia de amor e sexo e que pelo jeito sabe tudo sobre a minha vida não se identificou. É minha política de vida não desejar mal a ninguém, mas juro que desta vez quase rompi com essa prática. Quase. Ao contrário, espero que essa criatura encontre ao menos um ser que a ame incodicionalmente, como um bichinho é capaz de amar.

Ah, sim. O comentário já foi devidamente deletado. Porque neurastênicos como eu não costumam aceitar agressões gratuitas muito bem.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Novo blog no pedaço

A Tati Klix, minha amiga e parceira de muito trabalho bacana no clicRBS, entrou finalmente pra Blogosfera com um blog superlegal sobre viagens. Passa por lá!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Valeu, pessoal

Mila, Daniel Bit, Mana, Daniela, Lu Aquino, Riq, Lu Gerbovic, Jane, Fer Souza, Drica, Melissa, Aninha, Raul, FerCB, Cristine, Sérgio, Xuxu, Biba, Dante, Theo, Mães, Pai, tias, tios, Lê, Gabi, Aline, Diego, Paula, Rafa, Tati, Andrea, Cris, Roberta, Mônica, Fafá, Sérgio Augusto, Maria Lúcia, Emanuel, Cristine, Rose, Juliano, Marcia, Grazi, Bruna, Pati, Rosana, Fabiana, Fábio, Larissa, Daniel Brama, Cacá, Angel... obrigada a vocês e a todo mundo que nos ajudou – com mensagens aqui, no Bicharada e no Jogo da Memória, por telefone, e-mail, MSN ou pessoalmente – a enfrentar melhor essas primeiras quarenta e oito horas sem o nosso velho bicho.

Beijo bem grande em todos vocês.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Obrigada, Floquinho

(Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.)
Este trecho lindo é o primeiro texto do livro Cão Como Nós, que o poeta e romancista português Manuel Alegre escreveu para lembrar seu cão Kurika e eu li na quinta-feira passada, com o Floc dormindo aos meus pés. Nesta madrugada, pouco depois da 1h, a duas semanas de completar 13 anos de idade, o Floquinho nos deixou.

Depois de quase 12 horas seguidas com uma respiração mais ofegante do que o normal, sofrendo a cada inspiração e expiração, ele descansou. Ficam conosco a saudade e a lembrança de tantas coisas que ele nos deu nos 11 anos e 1 mês que passou ao nosso lado, com direito a duas mudanças de cidade, quatro mudanças de casa, muitas idas à praia, passeios e ranzinzices.

Eu já tinha contado como ele entrou na minha vida, feito um mea culpa sobre ter esquecido do aniversário de 12 anos e relatado o começo da doença dele no Bicharada. No último dia 24 de setembro, ele se recuperou da última crise. Desta vez, infelizmente, não deu.

Reforço aqui o agradecimento ao comprometimento e à competência da nossa veterinária, Simone Wolffenbüttel, que nos ajudou a enfrentar os últimos momentos e a fazer com que as últimas semanas de vida dele fossem o mais tranqüilas e dignas possíveis, e à Gabi e à Rejane, da Cachorro no Mato, que tão bem cuidaram dele nos últimos anos e seguirão responsáveis pelo Bubi, que está visivelmente perdido, sem a principal referência dele dentro de casa. Obrigada também a todos os internautas que se envolveram na campanha "Força, Floquinho". Tenham a certeza de que toda energia boa que vocês mandaram para ele foi muito bem utilizada.

Estou triste, é claro, mas também estou muito feliz por ter tido esse bichinho na minha vida.

(Na foto acima, ele do jeito que mais gostava: na praia, fedendo a maresia e cheio de pega-pega.)

*

O Márcio também escreveu sobre ele aqui.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Das pautas que ainda vou fazer

Todo porto-alegrense que se preze é ou colorado ou gremista, ou não-petista ou petista, ou lê Zero Hora ou não, ou compra no Zaffari ou em outros supermercados. Nos quatro casos, sou do primeiro time. Nos três últimos casos, não sou radical. E nesses três últimos casos, sempre me arrependo quando tento dar uma chance ao outro lado. Não adianta. Mas este post é só sobre o último caso.

Eis que cerca de duas vezes por ano eu me abalo até o Big, que era da Sonae, hoje é da Wal-Mart. Normalmente quando quero comprar algo que, acredito, poderá ser mais barato por lá. Hoje, era uma mangueira. A nossa estava com sete anos e meio e estava mais para peneira do que qualquer outra coisa. Daí que me empolguei – realmente algumas coisas estavam mais baratas, como a caixinha de moranguinho a R$ 0,99 – e enchi o carrinho.

A caminho do caixa, comecei a cogitar de fazer ao menos o grosso das compras por lá todos os meses. E estava quase desistindo de ser uma "Zaffari person", quando lembrei do que mais me irrita no Big e no Nacional. O que são aquelas filas para pagar??? Porque elas são sempre enormes. E as pessoas sempre ficam hooooooooras nessas filas. Porque a menina do caixa sempre pára pra bater papo com o fiscal. E sempre dá algum problema com o cartão das pessoas na minha frente. E, claro, tem o fator empacotamento.

Porque fora do Zaffari é a gente que faz os pacotes. E "a gente" às vezes não tem consideração com as outras gentes que estão esperando para serem atendidas. Então tudo demora. E depois de meia hora à espera da minha hora de pagar (eu não estou exagerando) eu sigo bem-humorada só porque estou de folga num feriado, e isso ainda é algo que me deixa em êxtase, depois de doze anos trabalhando em todos os feriados, mas já estou quase 100% convencida de que os poucos pilas (porque moeda de porto-alegrense que se preze, afinal, é o pila) que estarei economizando quando for pagar não valem a pena mesmo.

É por isso que um dia eu ainda vou fazer a seguinte reportagem: a mesma lista de compras feita em dois súperes diferentes, um Zaffari, outro não. Os dois do mesmo tamanho. No final, quero ver qual foi o mais barato e em qual eu fiquei menos tempo na fila. Alguém se dispõe a publicar/veicular o resultado?

Não dá pra ler...

Tem um grande veículo diário de São Paulo que foi responsável pela minha iniciação como leitora de jornais. Que me fez querer ser jornalista e, pior, crítica de cinema. Há mais ou menos uma década, quando comecei a ter mais critérios em relação ao que ocupa meu tempo de leitora, resolvi abandoná-lo. Os parágrafos de uma frase só, a falta de trema, a oligofrenia de sempre explicar o básico, o enforcamento de Jesus Cristo, a pretensão de ser o mais moderno e necessário... tudo isso me irritava.

De vez em quando questiono essa decisão. Foi o que fiz no começo da semana, quando resolvi dar uma chance a uns cadernos que encontrei espalhados por aí. Li duas matérias. Uma delas se encerrava numa frase que ignorava retumbantemente o subjuntivo. (Por quê? Por que as pessoas ignoram o subjuntivo?) Outra delas falava duas vezes – não uma, mas duas – em "risco de morte". Pavor de quem vai atrás das regras do Pasquale. Pavor!

Ficou decidido, então. Até nova tentativa, sigo tendo a firme noção de que, esse jornal, não dá para ler.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Pra começar bem a semana

Vou dar um CTRL C + CTRL V descarado no meu querido amigo (e guru) Sérgio Augusto e reproduzir aqui o texto dele que saiu no caderno Aliás d'O Estado de S. Paulo deste domingo. Reproduzo porque não sei se o link estará valendo ainda amanhã. Reproduzo porque, como é de costume, ele escreve com brilhantismo o que um dia eu gostaria de conseguir escrever com pelo menos competência.
Deu a louca no globo
Mianmar ou Burma? Pequim ou Beijing? Mumbai ou Bombaim? A geopolítica nunca foi tão semanticamente complicada

Sérgio Augusto

Criticaram o presidente Bush por chamar Myanmar de Burma, a nossa velha conhecida Birmânia, onde há semanas o pau voltou a comer grosso. Em seu blog na revista The Atlantic Monthly, o jornalista James Fallows saiu em defesa do presidente, que, a seu ver, teria demonstrado respeito ao oprimido povo birmanês ao desprezar o nome imposto àquele país por uma junta militar, já lá se vão 18 anos.

Para Fallows, aceitar Mianmar significa curvar-se aos caprichos dos generais que se recusaram a dar posse e mantêm sob vigília a primeira-ministra (e Nobel da Paz de 1991) Aung San Suu Kyi. As corporações que lá mantêm negócios, como a General Motors, a Caterpillar e a UnoCal, continuam se lixando para as atrocidades dos milicos birmaneses e, mais ainda, para a controvérsia semântica em curso desde a semana passada.

Antes de erguer um brinde à sensibilidade e à coragem política de Bush, considere duas coisas: 1) a desimportância econômica de Mianmar (muito arroz, muito ópio, muitíssimo menos petróleo que o Iraque); 2) a dificuldade de Bush para pronunciar corretamente Myanmar (Burma é fácil).

Embora saiba pronunciar o novo nome da Birmânia, e até uma de suas variações: Mranma, também prefiro Burma. Mais por razões afetivas do que políticas. Cresci ouvindo falar em Burma e Birmânia, locação e referência em filmes como Objective Burma (Um Punhado de Bravos, 1945), A Harpa Birmanesa (1956) e A Ponte do Rio Kwai (1957). A ponte sobre o rio Kwai uniria a Birmânia ao Sião. Quando o filme foi rodado, Sião já era Tailândia havia oito anos, mas o país onde foram feitas as filmagens só deixaria de ser Ceilão (para virar Sri Lanka) 15 depois.

No globo terrestre, é grande e permanente a confusão nomenclatória. Só quem tem mais de 77 anos, por exemplo, pegou Constantinopla como a capital da Turquia. Só descobri, garoto ainda, que Istambul outrora se chamara Constantinopla num disco de Caterina Valente, em que também aprendi que Nova York fora, um dia, Nova Amsterdã. Com o surto de independência das colônias africanas e asiáticas, na virada dos anos 50 para os 60, e mesmo antes disso, nossos conhecimentos geográficos tornaram-se ainda mais precários. E os atlas passaram a sair da gráfica já ultrapassados.

Saiu Pérsia, entrou Irã. Onde antes ficava a Abissínia surgiu a Etiópia. Mali era o Sudão Francês. Em 1945, a capital da Indonésia dormiu Batavia e acordou Jacarta. A Indochina virou Vietnã. Ao Congo sucedeu o Zaire, embora Congo seja o nome “autêntico”. São Petersburgo voltou a ser São Petersburgo após ter sido Petrogrado e Leningrado. Rodésia e Basutolândia agora são, respectivamente, Zimbábue e Lesoto. Benin foi Daomé até 1975. Quando em suas savanas filmaram Hatari!, Tanzânia (ou Tanzanía, na pronúncia local) chamava-se Tanganica. Fui e voltei de um safári africano, em 1984, sem me dar conta de que, enquanto fotografava a bicharada no Quênia e Tanzânia, o presidente Thomas Sankara rebatizara o Alto Volta de Burkina Fasso.

O jornalista escocês Alex Massie entrou na discussão provocada por James Fallows e sugeriu que nos recusássemos a dizer Mumbai, em vez de Bombay (Bombaim), e Chennai, em vez de Madras. Crente que estava robustecendo seu argumento, perguntou se os povos de língua inglesa, por acaso, dizem Venezia, München e Köln, em vez de Venice, Munich e Cologne. Mais do que uma discussão bizantina, um festival de equívocos.

Primeiro equívoco: Mianmar não foi uma invenção do general Saw Maung e seus golpistas amestrados. Marco Polo já teria usado essa palavra, oito séculos atrás. Como a primeira tribo com que os indianos lá toparam não se chamava Mianmar, e sim Brahma, Brahma vingou e virou Burma (pronuncia-se Bã-ma), com o império britânico lá dando as cartas a partir de 1885. Burma, portanto, não é um nome “puro”, mas batismo colonialista - como Bombaim e Madras. Não bastasse, Mianmar é um termo mais inclusivo, pois os birmaneses constituem apenas uma parcela da população, dividida em diversas etnias.

O que fazer? Consultar a população sobre sua preferência, sondagem que a junta militar birmanesa na certa impediria. Ou adotar o que a ONU sancionou.

Dizem que Aung Suu Kyi prefere Burma. O jornal tailandês Bangkok Post continua chamando Mianmar de Burma e Yangon de Rangoon (Rangum). Pois é, até o nome da capital a junta mudou, assim como os de outras localidades: Arakan, Karemi, que há tempos se chamam Rahkine e Khayahn. Ainda bem que mantiveram Mandalay. Num e-mail ao New York Times, o birmanês Maung Lwin defendeu Burma, afirmando que seus conterrâneos ainda dizem “Bã-ma” e receiam ser identificados pelo gentílico “myanmese” - e apelidados de maionese. A ONU aceitou Mianmar.

Segundo equívoco: Mumbai e Chennai não foram impostos por um governo ilegítimo ou uma ditadura sanguinária. São opções nacionalistas, livremente implementadas e com base em identidades milenares e fidelidades lingüísticas, o oposto de Bombaim (corruptela do português “Boa Bahia”), Madras, Calcutá (agora Kolkatta) e Bangalore (oficialmente Bengaluru), denominações tão forasteiras quanto Flórida (era assim que os conquistadores espanhóis se referiam à América do Norte no século 16) e Virgínia (a versão britânica da Flórida espanhola). A propósito, Mumbai é uma homenagem a Mambadevi, uma deusa de pedra do século 3º.

Terceiro equívoco: por que não rejeitar todos os nomes de países e cidades estabelecidos por governantes que chegaram ao poder de forma ilegal e violenta? Sim, daria a maior confusão. E se ameaçasse os interesses das grandes corporações globalizadas, babau. Isso não significa que devamos nos bater para que a ONU, a Casa Branca e as nações livres do Ocidente se recusem a chamar Pequim de Beijing, Cantão de Guangzhou, Nanquim de Nanjing, e, em represália ao repressivo governo da China (Zhongguo para os nativos), adotem o nome pelo qual os tibetanos se referem ao monte Everest: Qomolangma (Mãe do Universo). Falando nisso, os nepaleses o chamam de Sagarmatha (Rosto do céu). Também serviria, caso a represália tivesse algum sentido prático.

Quarto equívoco: estão confundindo o que se supõe politicamente correto com meros casos de heteronomias e transliteração. Pequim (ou, à inglesa, Peking) não virou Beijing, nem Mao Tsé-Tung agora é Mao Zedong, por teimosia ou rompante autoritário dos chineses. Beijing, como Zedong, Guangzhou (ex-Cantão) e tantos outros vocábulos com os quais convivemos há mais de um século, não é um rebatismo, mas uma reanglicização mais próxima do foneticismo (ou da pronúncia) mandarim. Como não usa o alfabeto romano, a língua chinesa tornou-se escrava da transliteração. Há mais de um século, o sistema de romanização Wade-Giles dicionarizou Peking, Canton, Nanking, etc. Beijing é fruto do sistema mais moderno de Hanyu Pinyin.

Que ninguém perca o sono por causa dessas bagatelas semânticas. Até porque, no Brasil, a gente não pede “Peking duck”, mas pato laqueado.

sábado, 6 de outubro de 2007

Reclame familiar

Então o Márcio, a partir desta segunda, passa a ser o novo editor da página 3 de Zero Hora. A novidade saiu na própria deste domingo, com fotinho e tudo. A foto tá feia, mas é ele aí, sim.

O rapaz segue assinando a coluna e o blog Jogo da Memória.