O dia se espatifa: abril 2004

quarta-feira, 28 de abril de 2004

CONCEITO MELHORANDO PRA PIOR

Analfabetos digitais são mesmo muito divertidos.

SNIF

Compraram o Corcel vintage que eu estava namorando perto de casa... Em compensação, aquela vagabunda daquela Laura tomou laço de todo mundo ontem! O Gilberto Braga é bom fazendo malvados, mas é melhor ainda fazendo bonzinhos se vingando.



Só que continuo achando aqueles tapinhas muito xexelentos.

terça-feira, 27 de abril de 2004

DISSE TUDO

Pérola na coluna da Rosane de Oliveira na Zero Hora de hoje:



Doença crônica

Alguém precisa dizer ao presidente Lula que metáforas de hospital são uma péssima idéia para animar o eleitorado ansioso com a falta de boas notícias.



Esta, por exemplo, dita ontem na visita à fábrica da Mercedes-Benz, é de arrepiar:



- Quando eu tomei posse, a impressão que eu tinha era a de que o Brasil estava numa UTI. Hoje eu posso dizer para vocês que o país que estava na UTI já está andando pelos corredores do hospital.



Convenhamos que depois de um ano e tanto de hospitalização, o doente caminhar pelos corredores não é lá um grande progresso.


COISA SEM GRAÇA

Ah, mas se eu fosse a Maria Clara eu tinha era enchido a Laura de soco na cara e não daqueles tapinhas xexelentos...

domingo, 25 de abril de 2004

SEGUINDO A CORRENTE

Depois de ver isso em quatro blogs diferentes, resolvi entrar na brincadeira.



1. Pegue o livro mais próximo de você;

2. Abra o livro na página 23;

3. Ache a quinta frase;

4. Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.




A minha sai do livro fantástico que eu acabei de ler ontem à noite:



"Não há mal algum nisso, claro, se você não se incomoda em ser alugado, conforme os interesses dos outros." (Um cão uivando para a Lua, Antônio Torres, Editora Record)

sábado, 24 de abril de 2004

TE METE

Estou emocionada. Já estou usando mesóclise como quem escova os dentes:



Para o pessoal, o ato do gajeiro de proa, ainda que explicado durante o anúncio, não deixará de ser um simples homicídio cometido num gesto de flagrante rebeldia. A pena que deve se seguir a isso, todos sabem. Mas ela não é aplicada. Por quê?, perguntar-se-ão.

COBIÇA VINTAGE

Venderam o fusca sessenta e alguma coisa amarelo e com pneu de banda branca que eu estava namorando numa loja de carros "semi-novos" aqui perto de casa. Agora tem ali um lindo Corcel setenta e poucos vermelho e preto. 'Cês não tão entendendo. Não é carro velho. É carro "vintage".

quinta-feira, 22 de abril de 2004

NOVO BRINQUEDO

Agora eu tenho um novo e-mail. Se funcionar, vai acabar virando o único...





GENTE COISA É OUTRA FINA

Um colega de trabalho acabou de receber um e-mail inacreditável...



Caro XXXXXXX,

Desculpe-me, mas infelizmente acabo de saber pela Luiza Pilau que o convite do Aniversário dela foi enviado por engano para você. Por favor, desconsidere-o.

Marco Fogliatto

Comunicação/Marketing

Luiza Pilau Projeto &

Gestão de Eventos

Marquês do Pombal 369

Tel: 51. 3269 0209

Cel: 51. 8112 8192

-----Mensagem original-----

De: Marco Fogliatto [mailto:marco.fogliatto@luizapilau.com.br]

Enviada em: terça-feira, 20 de abril de 2004 14:23

Para: XXXXXXXXXXXXXXX

Assunto: Convite de Aniversário de Luiza Pilau

Prioridade: Alta



Em anexo o seu Convite de Aniversário de Luiza Pilau:

Dia 23.04.04 (sexta-feira)

Horário: 21 horas

Local: Mostra Casa&Cia POA – Cel. Marcos, 1109 – POA

Marco Fogliatto

Comunicação/Marketing

Luiza Pilau Projeto &

Gestão de Eventos

Marquês do Pombal 369

Tel: 51. 3269 0209

Cel: 51. 8112 8192



... vai aqui com nome, sobrenome e telefones de contato pra aprender a ser bem educado.

quarta-feira, 21 de abril de 2004

PESQUISA DE OPINIÃO

Se vocês fossem eu, o que prefeririam traduzir:



1) Um clássico difícil e que paga mal

2) Uma auto-ajuda fácil e que paga bem



Eu tô fazendo os dois no momento, mas ando pensando seriamente em me especializar antes de enlouquecer...

terça-feira, 20 de abril de 2004

QUE DROGA!

Como é estranho OUVIR um cara tão bacana e querido com quem eu convivi tanto nos tempos de faculdade se F_DER tão feio.

BRONCAS DE ELEVADOR

- A plaquinha mandando verificar se "o mesmo" encontra-se no andar

- Gente que aperta o botão para baixo quando quer subir e vice-versa

- Gente que aperta o botão váááárias vezes quando está com pressa, como se isso fosse fazer alguma diferença

- Gente que pega elevador para descer UM andar (piora consideravelmente quando "o mesmo" está carregando uma malinha de acadimia)

O RIO NÃO MERECE

A capital enfrentando o que está enfrentando, e o site oficial do governo dá uma nota super-relevante informando que a excelentíssima governadora "será madrinha de navio de apoio offshore". Como disse ali em baixo, eu morro e não vejo tudo...

DOR MILENAR

Foto gentilmente chupada do Blue BusOlhem pra cara desse sujeitinho aí do lado e me digam se dá pra imaginá-lo no meio dos bombardeios sem sentir um aperto no peito. Ele foi resgatado do meio da guerra por um marine americano e agora está em Nova York. Não, eu não estou dizendo que não penso nas crianças assustadas e em todos os inocentes civis que também sofrem com a guerra nojenta do Bush, mas olhem a cara deste cãozinho e me digam, não dá um aperto no coração?

segunda-feira, 19 de abril de 2004

ROCK ESTRELA

Coisa maluca essa Internet. Quando eu era guria, adorava o Leo Jaime (Jâime para os gaúchos e Jáime para todo o Brasil), principalmente dele como ator - em Bebê a Bordo, estava hilário. Agora o cara está entre os meus "amigos" do orkut. Uma das coisas que seguem me impressionando é que a Monique Evans diz que ele foi o primeiro cara com quem ela gozou (makes u wonder).

VIVA O REI

Duas coisas que ouvi no rádio a caminho do trabalho:

1) Roberto Carlos faz hoje 63 anos

2) Fizeram uma versão "drumba" de Influência do Jazz do Carlinhos Lyra. E eu pergunto: PRA QUÊ? Aliás, qual é o problema dos programadores da Itapema com os originais das músicas consagradas? Parece rádio de cover.

sábado, 17 de abril de 2004

EU ENTENDI DIREITO?

No Jornal Nacional de hoje, o presidente da Funai apareceu dizendo que sentia muito pelos garimpeiros mortos na Amazônia por índios da reserva onde eles estava, MAS a sociedade precisa compreender que os índios estavam defendendo suas terras. Isso quer dizer, então, que os fazendeiros que matam sem-terra que invadem suas propriedades também precisam ser compreendidos pela sociedade? Eu morro e não vejo tudo...

sexta-feira, 16 de abril de 2004

...

Eu tô atolada em coisas pra fazer, depois de duas reuniões no mesmo dia, e com uma vontade louca de escrever uma coisa interessante e bem humorada pelaqui pra dar um toque alegre a este espaço que parece tão borocoxô. Só que a incapacidade que estou de me concentrar no trabalho tá passando pras outras partes do meu dia, e não consegui sequer combinar a happy hour de hoje. E já são quase quatro horas!

quinta-feira, 15 de abril de 2004

QUANDO EU CRESCER...

Quero escrever sobre política como o Ricardo Setti. A elegância do texto e a correção com que ele trata a política nacional são absolutamente compatíveis e proporcionais à figura dele. Lembro que da primeira vez que o vi entrar na redação, em São Paulo, tive de controlar aquela cara pateta de quem encontra um ídolo para me apresentar a ele profissionalmente. Quem eu era: uma guria de 28 anos alçada à posição de editora pelo simples fato de ter escolhido o caminho cheio de atalhos hierárquicos da Internet. E ele ignorou esse fato - do qual certamente tinha absoluto conhecimento - e por mais de uma vez me tratou como se realmente a minha opinião importasse. O processo eleitoral de 2002 estava rolando, e ele, ao contrário do poeta, não se importou de sair perdendo e por várias vezes "trocou umas idéias" comigo.



Não sei se naquelas ocasiões eu cheguei a dizer alguma coisa que ele tenha aproveitado, mas a convivência me fez ver que talvez eu estivesse marcando passo num lugar em que a minha posição hierárquica estava tão dissonante com a minha experiência. Um banho de humildade sempre faz bem. E a convivência com pessoas melhores do que nós costuma ser perfeita para isso. Por isso que nunca vou deixar de ver a Rosane de Oliveira como a minha eterna guia rumo ao texto à Setti.

ISSO É QUE É CONSIDERAÇÃO

Tentei entrar no orkut, e olha o que apareceu:



"Bad, bad server. No donut for you. Unfortunately, the orkut.com has acted out in an unexpected way. Hopefully, it will return to its helpful self if you try again in a few minutes. It's likely that the server will behave this way on occasion during the coming months. We apologize for the inconvenience and for our server's lack of consideration for others. "

FOR THE RECORD

Falando de música, embora esta seja a praia do marido, tem uma coisa que eu preciso expor aqui (não que tenha alguma importância): eu tenho P-A-V-O-R de cantoras de voz grossa (Cássia Eller, Zélia Duncan e Ana Carolina), de voz engasgada (Luciana Mello) e gritonas (Daniela Mercury e Ivete Sangalo). Pronto, falei!

quarta-feira, 14 de abril de 2004

MEU, MEU, MEU

Eu quero! O problema é que o meu modelo preferido (o Aranha IV, eita nominho) não existe no meu tamanho. O número 37/38 fica pequeno, e o 39 (quando existe), enoooorme... Meno male, pelo menos não gasto com "bobáge".

DICA

A nova barra do Google para o Explorer tá muito legal. Recomeindo.

terça-feira, 13 de abril de 2004

QUE PENA

A descaracterização e a decadência de coisas de que nós gostamos muito um dia provocam um sentimento que mistura tristeza, um pouco de raiva e um profundo alívio por não estar mais por perto para assistir ao processo de degradação contínua que parece cada vez mais irreversível. O desafio agora é resgatar os que ficaram e merecem ser resgatados. Amigo, dá nada, não. Agora é que as coisas vão começar a ficar boas... :-)

TEM COISAS...

... que só um texto do século passado faz por você. Acabo de usar "peremptoriamente" na tradução. Não é chique? Depois dessa, até resolvi encerrar por hoje.

segunda-feira, 12 de abril de 2004

RECEITA NOVA

Essa barbadíssima eu fiz ontem, depois de chegar exausta (da estrada e da comilança). É fácil até de escrever...

domingo, 11 de abril de 2004

MINHA PÁSCOA

- Gramado

- Risoto e Tiramisu do Moscerino

- Fondue Bourguignone e frutas com chocolate no Chez Pierre

- Galeto no Giuseppe

- Fazes-me Falta



Burp!

sexta-feira, 9 de abril de 2004

JE M'APPELE LINÁ

O marido outro dia disse que eu devia evitar transformar o blog (que palavra chata, preciso inventar um apelido prisso aqui) numa coleção de links do tipo li-e-gostei. Mas daí ele me mostra coisas como esta, e eu sou obrigada a dar um link pra lá.



Buenas, amanhã je m'en vais a Gramadô pour manger, dormire et lire. Boa Páscoa!

EU QUERO, EU QUERO, EU QUERO!

Peter Sellers, Blake Edwards e Henry Mancini. Precisa dizer mais alguma coisa? Esses filmes são bissolutamente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S. E eu lembro de ir ao cinema pequena com meus pais esperando pelo desenho da abertura e fazendo um esforço hercúleo para conseguir ler as legendas E assistir ao filme ao mesmo tempo. Desnecessário dizer que só fui assistir a eles efetivamente depois, com o advento do videocassete.

quinta-feira, 8 de abril de 2004

Clássicos condensados

É longo, mas vale a pena:



1) Marcel Proust. À La recherche du temps perdu. (Em busca do tempo perdido) Paris, Gallimard. (7 vols. intermináveis.1922 páginas). Resumo: Um rapaz asmático sofre de insônia porque a mãe não lhe dá um beijinho de boa-noite. No dia seguinte (pág. 486,vol.1), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág. 1344, vol.1) tem um ataque de asma, porque a namorada ( namorado?) se recusa a lhe dar uns amassos. Visita uns amigos. (Vols. 3, 4 e 5?) Tudo termina num baile, no qual todos os convivas já estão muito veIhinhos... e pronto. (vols. 6 e 7.)



2) Leon Tolstoi. Guerra e paz. (Romance grande à beça, 1800 páginas). Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra e, por isso, Napoleão Bonaparte invade Moscou. A mocinha casa-se com outro. Fim.



3) Luís de Camões, Os Lusíadas. (Poema épico enorme.Várias edições, numa das quais cerca de 400 p.) Resumo: Um poeta com insônia decide encher o saco do rei e contar-lhe uma história de marinheiros. Estes, depois de enfrentar alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa super-gente-fina), ganham a maior boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas. E acabou!



4) Gustave Flaubert, Madame Bovary. [Romance (ou notícia de jornal?), 378 páginas] Resumo: Uma dona de casa entediada mete chifre no marido, um médico muito sem graça, insosso. Transa com o padeiro, com o leiteiro, com o carteiro, com o dono do boteco, com o da mercearia, com o da farmácia e tem um caso com um vizinho, embora nobre e cheio da grana,não passava de um tremendo bicão, sem palavra. Depois,vendo que de nada adiantou a farra, que a sua vidinha continuava a mesma coisa insípida, entra em depressão, envenena-se e morre. Mais nada.



5) William Shakespeare, Hamlet. Londres, Oxford Press. (Peça teatral bem trágica e bem complicada). Resumo: Um príncipe da Dinamarca, onde era fácil ver que havia algo de podre, com muita insônia, passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do rei, seu pai,lhe diz que foi morto pelo tio (um irmão do rei) que, há muito já dormia com sua mã, a rainha, cujo homem de confiança é o pai da namorada do príncipe, Ofélia que, todavia, se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai dele e que comia a sua mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com a caveira de um anão que distraía seu pai, confessa que beijou os lábios do anão (namorados?) e morre, assassinado pelo irmão da namorada, Ofélia, a mesma que ficou doida e suicidou, só para inspirar um quadro muito famoso, de um pintor inglês, que era chamado de pré-rafaelita, porque andava copiando outros pintores nascidos antes de um tal Rafael, que vivera trezentos anos antes. (Não disse que tudo era bem complicado?)



6) William Shakespeare, Romeo and Juliet, Londres, Oxford Press. (Peça teatral, uma verdadeira tragédia.) Resumo: Romeu e Julieta, dois adolescentes muito doidões se apaixonam, e resolvem a ficar, mas suas respectivas famílias, que, aliás, nunca se deram bem, armam o maior barraco. Gangs das duas famílias saem na porrada, uma briga danada, muita gente se machuca e é morto um primo do Romeu. Este, por sua vez, em revide, mata um primo da namorada e foge. Depois, um frade, que já andava alcovitando os dois namorados e até os casara em segredo, tem uma idéia idiota: fornece um barato -- um veneno maneiro --, para Julieta beber e parecer morta. Horas mais tarde, depois de depositada, com pompa, no jazigo da família, ela acorda e topa com o presunto do Romeu a seus pés. É que, mal-informado, acabou com tudo ali mesmo na frente da mina, sem saber que o tal veneno do frade não passava de um energético. Ato contínuo, Julieta, muito bolada, pega a adaga do Romeu e crava no próprio peito. P.S.: Quem quiser, para não ter de ler a peça, pode alugar o DVD do filme de um cara chamado Zeffirelli. (É tudo a mesma coisa, até o nome.) Qualquer locadora tem.



7) Sófocles, Édipo-Rei. (Outra tragédia braba, só que esta é grega, várias edições) Resumo: Neguinho nasceu e o horóscopo dele dizia tanta merda que seu pai, o rei, que se desfaz do mané, mandando matá-lo numa floresta no fundo de sua casa. (Por certo, conhecia a história da Branca de Neve.) Muito safo, maluco sobrevive, cresce e, depois de muita maromba, tira uma onda: não quis nem ouvir o que um ceguinho que lia mão lhe disse. Resultado: acaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso, séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta... É só, tem mais não!



Tem mais disso aqui, onde tem o resumo da bendita tradução.

quarta-feira, 7 de abril de 2004

Entrando na lista

Muito já namorei na Cultura (em São Paulo ainda) o livro indicado pela Cláudia Laitano no Segundo Caderno da Zero Hora de hoje. Quem sabe agora com o aval da chefa, o marido deixe de fazer aquela careta reprovadora quando eu pensar em comprá-lo.

Que dúvida...



Agora vê aqui qual personagem de Friends você é...

Magnum, o filósofo

"As pessoas fazem coisas estranhas para ganhar a vida" é uma frase muito usada pelo marido numa referência ao começo de um episódio (se não me engano o primeiro) do Magnum. Hoje eu tive de lembrar disso quando vi pela janela do ônibus a cena deprimente de cinco pessoas fazendo um "teatrinho" numa sinaleira. Três homens carregavam cartazes que diziam "Antecipe sua restituição no Banrisul" e duas mulheres botavam uma gigante nota de R$ 50 de papelão dentro de uma "carteira" igualmente de papelão. Realmente, as pessoas fazem coisas estranhas para ganhar a vida...

terça-feira, 6 de abril de 2004

Coisas ruins de São Paulo I

É por causa disso aqui que morar em São Paulo pode ser uma coisa bem triste. O caos faz parte do cotidiano. Meu maior medo quando estava lá era chegar a um ponto em que essas coisas não me incomodassem mais. Os nativos costumam achar graça do despreparo e do espanto dos que vão para lá das províncias, mas a verdade é que os visitantes temos o maior dos consolos: um dia podemos ir embora, e voltar só quando quisermos...
Da Azenha e seus arredores

Para quem nunca fez (como eu nunca havia feito antes), aconselho: vale a pena caminhar devagarinho pelas ruas da Azenha. Parece uma viagem no tempo. Tem um monte de lojinhas pequenas vendendo quinquilharias úteis pra casa e aqueles armazéns/fruteiras com tudo meio amontoado que só têm em bairros mais simples de cidades do interior. Além disso, tem ainda as casinhas porta e janela que lembram um pouco a Lapa, em São Paulo, e o centro de Sorocaba. Sem falar que em alguns pontos tu te sente naquelas ruelas que levam à Boca, em Buenos Aires.



Milagres do bom humor...

segunda-feira, 5 de abril de 2004

Azar, gostei

1) Vá ao site do Google

2) Digite "weapons of mass destruction" (não tecle ENTER)

3) Clique no botão Estou com Sorte (não no pesquisar)

4) Leia a mensagem de erro atentamente, até o fim
Coisas boas de Sampa I

No fim de semana prometi a uma grande amiga fazer uma lista de coisas boas pra fazer em São Paulo durante o feriado de Páscoa. Quase um ano depois de ter voltado a Porto Alegre, estou morrendo de saudades de várias coisas da cidade mais cinzenta que já conheci. Ainda bem que a memória é seletiva, porque ultimamente, só tenho me lembrado do que se segue:



- Ir com a Aline e o Leandro à Fnac Pinheiros, a duas quadras da minha casa

- Tomar um chá gelado com limão no Café Gardênia do outro lado da Praça dos Omaguás lendo as revistas, os jornais ou os livros recém-comprados

- Fazer compras no supermercado Mambo da Vila Madalena (também a duas quadras da minha casa) onde às vezes encontrava conhecidos de Porto Alegre

- Ir à Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos depois do trabalho e jantar no Almanara

- Sair para jantar com o Pedro e a Angélica no Le Tan Tan, no Madeleine, no Tandoor ou em outro restaurante de comidinhas frescas bem como eu gosto

- Almoçar no Frangó com os amigos no sábado

- Ir ao parque Villa Lobos com os cães

- Sair para almoçar com o Daniel e a Julieta nos domingos

- Almoçar no Pira Grill

- Ir ao Pirajá a pé para comer quibe e tomar chope depois da novela

- Comer bolinho de arroz e paste de queijo no São Cristóvão

- Comer quesadilla e dulce de cajeta no Viva México

- Ver algum filme semicabeça na Sala UOL

- Passear pelo acervo do Masp

- Fuçar nas quinquilharias da Benedito Calixto e depois ir ao Consulado Mineiro

- Comer moqueca no Espírito Capixaba e depois passar a tarde jiboiando em casa

- Passear com os cães pelas ruas cheias de casas bacanas da Vila Madalena e do Alto de Pinheiros

- Escolher o sobrado que iríamos comprar se continuássemos por lá

- Comer sorvete na Sotto Zero com a Julieta e o Ignácio na barriga dela

- Tomar chá com docinhos naquele café bonitinho na entrada do Shopping Higienópolis

- Comprar sapatos nas pontas de estoque de Moema com a Leticia

- Almoçar com os amigos de outros bairros no Ora Pois!

(... segue...)
Promessa

Não vou mais falar na "tal da tradução" enquanto não entregá-la.

sexta-feira, 2 de abril de 2004

Descobri que enquanto não acabar essa lenda dessa tradução, minha vida intelecual ficará em "pause". Simplesmente não consigo pensar em nada quando não estou trabalhando no emprego com carteira assinada. Na hora de dormir, na hora de acordar, na hora de ler, ouvir ou ver qualquer coisa, mesmo quando estou conversando com os amigos, ali no fundo fica piscando aquela infernal luzinha vermelha que além de tudo apita pra me lembrar que eu tenho que terminar o que comecei pra ganhar aquela bem-vinda grana a mais.



*Suspiro*
Registro para a posteridade

Neste momento, o blog computa 1001 pageviews desde 27 de fevereiro.



...



E ninguém se dignou a me dar um apoiozinho sequer quanto ao dilema tradutório...

quinta-feira, 1 de abril de 2004

Do bloqueio criativo

Não sei bem se dá para chamar o que estou atravessando de bloqueio ou se está mais para birra. O fato é que estou entalada nesse trabalho que é para ser o mais significativo em termos de qualidade literária da minha curta carreira em tradução. E o triste é que eu não estou gostando da coisa como leitora.



Até agora isso não tinha acontecido. Mesmo com os livros mais pop (you know what I mean) rolava um prazer, uma curiosidade pelo menos. Esta obra de agora me entedia até a raiz dos cabelos, e eu começo a compreender por que Moby Dick nunca foi traduzido na íntegra aqui no Brasil.



Pena que a minha composição intelectual seja 99% CDF e me impeça sequer de aventar tal possibilidade. Que fazer, além de seguir passo a passo rumo ao final sem atrasar demais os outros trabalhos?



Sugestões neste guichê...
Tô dizendo que ele anda por perto. Chegando ao trabalho hoje, começou a tocar Canção pra você viver mais...



Nunca pensei um dia chegar

E te ouvir dizer

Não é por mal

Mas vou te fazer chorar

Hoje vou te fazer chorar

Não tenho muito tempo

Tenho medo de ser um só

Tenho medo de ser só um

Alguém pra se lembrar



Faz um tempo eu quis

Fazer uma canção

Pra você viver mais

Deixei que tudo desaparecesse

E perto do fim

Não pude mais encontrar

E o amor ainda estava lá

O amor ainda estava lá